BIVB39: é uma boa escolha para investir no S&P 500?

Investir nos Estados Unidos é uma excelente forma de proteger o seu patrimônio. Ao saber disso, buscar formas cada vez mais simples de investir no mercado mais desenvolvido do mundo passa a ser a meta dos investidores. Contudo, poucos conhecem ou sabem da existência do BIVB39, atual concorrente do IVVB11, que também replica o S&P 500. Ambos os ativos replicam o principal índice de ações do mundo, mas algumas diferenças podem mudar os retornos dos seus investimentos no longo prazo.

Porém, antes de falar sobre o BIVB39, é importante que expliquemos, de forma sucinta, o que é o S&P 500, o índice que esse ativo replica. Além disso, vamos falar quais empresas constam nesse índice, para que o investidor saiba onde está colocando, mesmo que indiretamente o seu dinheiro.

O que é o S&P 500?

O Standart and Poors 500 é uma carteira teórica de ações que conta com as 500 maiores empresas do mundo. Por contar com essas gigantes, o índice é um termômetro global da renda variável e é utilizado como comparativo para outros investimentos em ativos de risco. Por isso, o mundo inteiro olha para esse índice.

Assim como no Ibovespa, o S&P 500 não permite um investimento direto, dado que se trata de uma carteira teórica. Porém, dentro dessa cesta de ativos estão Google, Microsoft, Tesla, Apple e outras gigantes do mundo. Contudo, algumas gestoras de investimentos replicam essa carteira em ativos reais, fornecendo uma rentabilidade bastante semelhante ao investidor. O ETF mais famoso do mundo para replicar o S&P 500 é o IVV, listado na bolsa americana.

Porém, para replicar o IVV, as gestoras podem tomar duas medidas: ou elas compram o ETF no mercado exterior e fazem um fundo com 100% da alocação nesse ativo; ou elas replicam diretamente o IVV na bolsa brasileira, através de um BDR de ETF. E é aqui que está a diferença entre o BIVB39 e o IVVB11.

BIVB39 IVVB11 S&P 500
Foto: Unsplash

A diferença entre o IVVB11 e o BIVB39

Apesar de apresentarem rentabilidades semelhantes desde seus lançamentos, esses dois ativos ainda podem dar muita dor de cabeça aos desavisados. Isso porque, além de contar com diferentes gestoras, os ativos têm taxas diferentes.

Começando pelo IVVB11, diferentemente do BIVB39, o ETF gerido pela Black Rock investe 100% no IVV. Contudo, para fazer isso, a gestora cobra uma taxa de 0,23% ao ano para fazer essas compras. Com isso, a Black Rock compra o ETF IVV diretamente na bolsa americana. Contudo, a gestora do IVV, a Black Rock USA, cobra uma taxa de 0,3% ao ano. Com isso, a taxa total fica em torno de 0,53% para cada ano investido no IVVB11.

Contudo, o BIVB39 é um BDR do IVV. Ou seja, em vez de comprar o IVV, o mercado apenas o replica aqui no mercado brasileiro. Isso gera uma taxa menor, dado que a taxa do BIVB39 é de apenas 0,3% ao ano, a taxa do ETF IVV. Com isso, no longo prazo, pode haver grande diferença de rendimentos, devido a uma taxa de 0,23% ao ano. Com isso, para cada mil reais investidos, haverá uma diferença de taxas de R$23 reais a cada 10 anos de investimentos, o que no final resulta em uma diferença de rentabilidade de 2,32%.

Por causa dessa taxa, analistas começam a recomendar a compra do BIVB39. Porém, é preciso que o investidor se atente à liquidez do ativo, que é bem menor que a liquidez do IVVB11.

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