Suprema Corte veta decisão de Biden sobre vacinas

A Suprema Corte dos Estados Unidos, semelhando ao STF brasileiro, desferiu um duro golpe para o presidente Joe Biden nessa sexta-feira, 14. Por lá, o judiciário decidiu por proibir a obrigatoriedade de vacina para trabalhadores de grandes empresas. Contudo, a Corte entendeu que isso não vale para as pessoas que recebem ajuda do governo. Em nota, o presidente americano lamentou a decisão, mas comemorou a ideia de manter a obrigação para os beneficiários.

Anteriormente, o presidente tornou obrigatória a imunização de trabalhadores nas grandes empresas. A medida estava em vigor e valia apenas para as empresas com 100 ou mais funcionários. Agora, o governo e as empresas não podem mais obrigar o trabalhador a tomar a vacina.

A importância da vacinação

As autoridades americanas alertam constantemente sobre a importância da imunização. Além de diminuir os sintomas em caso de reinfecção, dados mostram que as internações têm a maior parte dos pacientes não vacinados. Dessa forma, tomar o imunizante pode prevenir hospitalizações e salvar vidas, afirma o FDA, autoridade sanitária dos Estados Unidos.

Contudo, a Suprema Corte entende que isso fere a liberdade individual e, com isso, retirou a obrigação de vacina para os trabalhadores. Foi o presidente Joe Biden que propôs a medida, que estava em vigor até ontem. Em nota, o presidente se disse decepcionado com a Corte. “Estou decepcionado de que a Suprema Corte tenha decidido bloquear requisitos de senso comum (…) para os funcionários de grandes empresas, que se baseavam claramente tanto na ciência quanto na lei”, disse o democrata. Por outro lado, o presidente ficou satisfeito com a medida de manter a vacina impositiva para pessoas que recebem ajuda do governo. Segundo o presidente, a proposta salvará vidas. Ele ainda diz que isso impactará a vida de 10 milhões de pessoas.

Suprema Corte
Foto: AFP

A polêmica dos dados e a Suprema Corte

Os Estados Unidos vem aumentando fortemente sua campanha vacinal. Isso porque o governo precisou de quase quatro meses de campanha massiva para passar dos 50% para os 60% de vacinados no país. Por lá, analistas afirmam que a polarização política atrapalhou o processo de imunização, mesmo com o ex-presidente Donald Trump se voltando a favor das vacinas.

Atualmente, os Estados Unidos têm 75% da população com pelo menos uma dose, um pouco menos que o Brasil, que tem 78,5%, segundo o Our World In Data. Nessa semana, o perfil oficial da Casa Branca lançou uma postagem com gráficos que mostram a diferença entre casos de covid e hospitalização pela doença com vacinados e não vacinados. Segundo a imagem, os não vacinados têm maiores chances de contrair a doença e precisar de serviços de UTI.

Apesar disso, a Suprema Corte agiu após ouvir argumentos sobre mandatos temporários que visavam aumentar as taxas de vacinação no país. A ideia pretendia atingir 84 milhões de pessoas, cerca de 25% da população americana. Contudo, a decisão foi contrária ao que queria o presidente americano. Dessa forma, a partir de agora, trabalhadores não precisam mais tomar a vacina, nem mostrar resultados negativos para a covid semanalmente.

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