CRI e CRA: entenda essa modalidade de renda fixa

Os títulos de renda fixa estão em alta no mercado e saber como cada modalidade funciona pode ajudar você na hora de investir seu dinheiro. Porém, algumas modalidades não são populares e estão acessíveis ao público desde pouco anos. É o caso do CRI e do CRA, duas modalidades de investimentos que podem render bem acima da taxa CDI.

Por isso, saber como funciona esse tipo de investimento pode dar retornos bem acima do mercado. Além disso, eles podem fazer parte de sua filosofia de investimentos daqui por diante.

O que é um CRI e um CRA?

O intuito do CRI e do CRA é exatamente o mesmo, porém aplicado a realidades diferentes da economia. Apesar disso, é importante que você saiba que são investimentos de maior risco, se comparados aos demais títulos da economia brasileira. Por isso, é importante não ir com sede ao pote e definir um percentual mediano, de 20% mais ou menos, para esses papéis.

CRI são os Certificados de Recebíveis Imobiliários. Em suma, uma empresa tem um empreendimento e, em vez de esperar os imóveis serem vendidos, eles contratam uma securitizadora que transforma essas dívidas em títulos do mercado. Dessa forma, ao vender os CRI no mercado, a empresa tem o dinheiro antes de vender e, à medida em que vende, vai pagando os investidores.

Com os CRA, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio, a ideia é a mesma. Porém, essa modalidade é aplicada ao setor do agronegócio. Dessa forma, em vez de esperar a venda das safras, as empresas do campo emitem os títulos para ter o valor adiantado, de forma a conseguir financiar futuros projetos antes de terminar o atual.

Dessa forma, você consegue ganhar dinheiro com a dívida de grandes empresas. Contudo, é importante que, antes de contratar esses títulos, você analise a saúde financeira das emissoras dos títulos. Para fazer isso, a maioria das corretoras fornecem relatórios.

CRI CRA
Foto: Anne Nygard | Reprodução

Como funcionam as remunerações?

As remunerações, assim como na renda fixa tradicional, funcionam de três maneiras distintas: prefixados, atrelados ao CDI e atrelados ao IPCA (inflação). Contudo, por ter um risco maior, os rendimentos vêm com um prêmio de risco, que é o que faz o investimento valer a pena. Dessa forma, é importante monitorar as taxas no mercado.

Nos CRI e CRA prefixados, a taxa varia conforme o mercado. Por isso, em momento de taxa Selic mais alta, as taxas prefixadas ficam maiores. Dessa forma, o atual cenário é propício para investir nessa modalidade. Por outro lado, os títulos da inflação vêm com um adicional. Com isso, o investidor sempre terá rendimentos reais, ou seja, acima da inflação. Por outro lado, os rendimentos do CDI vêm dentro de um percentual, como 110% do CDI. Dessa forma, é importante analisar o cenário das taxas de juros.

Para investir nesses títulos, as corretoras colocam os CRI e os CRA em uma aba de renda fixa. Contudo, mesmo com a facilidade, é preciso analisar os valores mínimos, os prazos e os indexadores do título.

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