FIDC: a renda fixa que rende muito mais
Se você é um entusiasta da renda fixa, você provavelmente já ouviu falar de CDI, créditos privados e outros títulos. Contudo, uma modalidade bastante interessante de você pesquisar são os FIDC, os Fundos de Investimentos de Direito Creditório. Esses fundos podem render bem mais que o CDI, com várias opções no mercado buscando render o CDI + 10%.
Com um rendimento desses, você poderia ter retornos de quase 20% no início do ano que vem, o que é uma rentabilidade bem acima do mercado. Apesar disso, você deve saber que os FIDC são investimentos mais arriscados que o restante da renda fixa, então ele tem que ser ponderado.
O que é o FIDC?
Os fundos de Direitos Creditórios investem em contas a receber das empresas. Com isso, os fundos atuam como intermediadores em empresas que precisam adiantar o capital e, em troca, o fundo recebe uma taxa a mais do valor pago. Pode parecer complicado, mas na verdade é bastante simples de entender.
Imagine que você tem uma empresa e ela precisa receber diversos aluguéis nos próximos meses, que somam R$1 milhão. Contudo, alguns imprevistos aconteceram e você precisa do dinheiro agora. Com isso, uma empresa paga esses aluguéis para você, porém no valor de R$500 mil, adiantando o valor. Você aceita e agora faz emissão de um direito creditório, que é um título que vai dizer que a empresa que pagou os R$500 mil vai receber o R$1 milhão dentro dos prazos normais.
Com isso, o inquilino não é afetado, a sua empresa recebe os valores adiantados e o FIDC ganha fazendo essa troca. Dessa forma, esse tipo de negociação é boa para a três partes. Claro, isso é um exemplo simplificado, mas existem diversos direitos creditórios, como cheques, duplicatas, compras parceladas no cartão de crédito e muito mais.
Por atuar nesse meio-campo, o FIDC tem um nível relativamente alto de risco, e é por isso que os rendimentos desses fundos são bem acimas do mercado. Apesar de ser considerado renda fixa (multimercado por alguns especialistas), ele não pode ser usado para reserva de emergência ou economias de curto prazo. No longo prazo, os FIDC podem aprimorar os seus rendimentos e aumentar o seu patrimônio.
Como investir?
Para investir em FIDC, você deve ter uma conta em uma corretora de valores e selecionar o seu fundo. Apesar disso, não é todo fundo de investimentos em direitos creditórios que são bons negócios. Por isso, alguns passos devem ajudar você a tomar a decisão correta.
Antes de mais nada, você deve escolher fundos consolidados no mercado. E para saber isso, você deve investir apenas em fundos com mais de 3 anos no mercado. Isso porque esses fundos, além de terem estratégias efetivas, têm maior margem para negociação dos direitos creditórios, o que é bom para o investidor também.
Além disso, procure fundos com taxas razoáveis, e evite aqueles que cobram taxas abusivas ou diversas taxas ao longo do processo. Isso porque as taxas comem a sua rentabilidade e, no longo prazo, podem afetar os seus rendimentos.