Tesouro Direto volta a ter taxas acima de 11%; entenda

Com a alta dos juros e a maior incerteza dos investidores internacionais em relação à economia, o Tesouro Direto Prefixado voltou a ter taxas acima dos 11% ao ano. Apesar disso, o preço dos ativos vem aumentando, o que demonstra um apreço dos investidores aos títulos da dívida pública. Com isso, clientes se perguntam se é a hora de entrar no Tesouro Prefixado e, nesse texto, responderemos a essa questão.

Para ajudar na sua tomada de decisão, levantaremos alguns pontos importantes para que você analise antes de comprar, ou não. Para isso, levaremos em conta a provável oscilação da taxa Selic e também o cenário da bolsa de valores.

Tesouro Prefixado: como funciona?

O Tesouro Prefixado é uma das três modalidades do Tesouro Direto. A plataforma, que serve para investidores emprestarem os valores ao Governo Federal. Para fazer isso, existem três formas de rendimento: atrelados ao IPCA (Tesouro IPCA), atrelado à Selic (Tesouro Selic) e os Prefixados, com taxas definidas na hora da compra.

Para o Tesouro Prefixado, existem algumas “táticas” para investir com solidez nesses ativos. Quando a Selic está alta, o investidor deve comprá-lo perto do fim do movimento de alta. Com isso, o investidor busca a maior taxa prefixada dentre as possíveis. Isso porque, para valer à pena, os rendimentos do prefixado devem ser maiores que o da Selic. E é exatamente onde estamos. O fim do movimento de alta da Selic está próximo e deve acontecer no fim do primeiro trimestre de 2021. Com isso, se tudo ocorrer dentro do previsto, o investidor começa a ganhar mais que a Selic já no meio do ano que vem.

Do contrário, quando a Selic está a patamares mais baixos, o indicado é a compra dos títulos IPCA ou Selic+, também disponíveis no site do Tesouro Direto. Apesar de estarmos longe desse cenário, investidores também olham para o IPCA como forma de ter bons rendimentos no futuro.

Tesouro Direto Prefixado
Foto: Austin Distel | Reprodução

Investir ou não investir nesse Tesouro Direto?

A maioria dos analistas sugere que é, sim, a hora de investir no Tesouro Prefixado 2024. Além do fator Selic, que deve chegar a 12% no início do ano que vem, existe um fenômeno bastante raro que se chama inversão da curva de juros. Isso quer dizer que o Prefixado de 2024 está rendendo acima do Prefixado 2026.

No fechamento de hoje, 20, o Prefixado 2024 estava rendendo 11%, taxa que não tinha desde 03 de dezembro. Por outro lado, o prefixado 2026 apresentava taxas no valor de 10,54%. Isso quer dizer que seja ruim o 2026? Não, mas quer dizer que o investimento do 2024, que tem prazo menor, está pagando mais. Com o prazo menor, o risco também se torna menor. Por isso, a taxa maior representa uma oportunidade única.

Contudo, vale sempre lembrar que o Tesouro Prefixado exige algumas regras para que você invista nele. A primeira regra é que você deve esperar o vencimento para resgatar o valor com juros. Dessa forma, você não tem chances de perder dinheiro com esse título. Resgatar antes do vencimento pode gerar prejuízos. A segunda regra é diversificar em outras rendas fixas. Isso porque investidores nunca devem colocar todo o dinheiro em apenas um ativo.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.