FII de papel: ativos que podem aprimorar sua rentabilidade

Com a alta da taxa de juros, muitos investidores da renda variável buscam meio de aprimorar ainda mais os ganhos na bolsa de valores. E muito disso pode vir com os FII de papel, afinal, esses fundos imobiliários são excelente fonte de renda passiva para o investidor.

Contudo, quanto maior a Selic, mais difícil fica para os outros tipos de ativos acompanharem as taxas na política de dividendos. Apesar disso, esses FII podem ser a oportunidade perfeita.

O que são os FII de papel?

Tradicionalmente, os fundos imobiliários são aqueles ativos que têm muitos imóveis e geram lucro com seus aluguéis mensais. Mas isso não ocorre, por exemplo, nos FII de papel que, em sua grande maioria, não têm imóveis físicos. Apesar disso, eles contam com ativos de dívidas de outras empresas, e isso pode ser bem mais lucrativo, ainda mais nesse momento.

Por isso, os FII de papel têm na carteira uma série de ativos, como os CRI, CRA, LCI, LCA, entre muitos outros. Como o foco é no mercado imobiliário, os CRI e as LCI são predominantes. E nelas, o FII empresta dinheiro para outras, em troca de uma remuneração. E é aí que está a mágica!

Isso porque ao ter os retornos dos ativos, essa dívida é atrelada, em grande parte, à taxa do CDI ou, ainda, à inflação. Dessa forma, com o aumento da Selic e com o aumento do IPCA e do IGP-M, os fundos de papéis tendem a ganhar mais que os outros, o que também faz com que seu preço suba ou, pelo menos, caia menos que os outros.

É por esse modo que os FII de papel conseguem repassar, ao investidor, a correção dos preços pela inflação de modo mais fácil. Com isso, nessa alta inflacionária atual, o cotista consegue proteger seus dividendos da alta dos preços, buscando proventos ainda maiores.

FII de papel fundos imobiliários
Foto: Envato Elements

A performance desses ativos

Um levantamento da Teva Indices mostrou que os fundos imobiliários de papel subiram, em média, 4,5% no ano de 2021. Enquanto isso, alguns FII de tijolo, que têm maiores dificuldades em épocas de IPCA alto, apresentaram uma queda média de 8%.

No caso dos fundos de tijolo, o interessante é pensar que esses ativos têm maiores problemas para repassar a inflação aos cotistas. Isso porque o reajuste dos imóveis se dá uma vez ao ano. Ainda, os contratos atrelados ao IGP-M demandarão negociações, à medida que o índice já ultrapassa os 27% no ano.

Por outro lado, esses rendimentos mostram a fuga dos investidores para os FII de papel, de modo a buscar aprimorar a rentabilidade. E alguns fatores ainda somam para quem quer fazer isso. O primeiro é que a inflação, no curto prazo, não está necessariamente dando trégua. Dessa forma, esses papéis ainda seguirão pagando mais. O segundo fator é que a taxa Selic continuará subindo e deve atingir os dois dígitos no início do ano que vem.

Com essa realidade, os FII de papel podem se proteger cada vez mais, com uma arrecadação maior. Além disso, protegem o investido, à medida que os proventos vão ficando cada vez maiores.

 

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