Vitreo lança dois fundos de investimentos em criptoativos
A corretora Vitreo colocou no mercado, hoje, dois novos fundos de investimentos em mercado de criptoativos, de modo a expor os investidores a essas novas formas de investimentos. Agora, investidores do varejo e investidores qualificados podem investir em smartcoins e outros criptoprodutos de forma facilitada.
Ambos os fundos têm gestão ativa e têm a alocação baseada nas análises da Empiricus, uma das maiores casas de análises do Brasil.
Fundos da Vitreo
Os fundos da Vitreo são divididos em duas modalidades, para atender às diferentes legislações da CVM. Por isso, ela lançou um fundo para o varejo, ou seja, pessoas comuns. O outro é para investidores qualificados, que são pessoas físicas ou jurídicas que têm mais de R$1 milhão em ativos financeiros.
O primeiro fundo é o Vitreo Cripto Smart, que investe em contratos inteligentes, como Solana e Ethereum. Para esse fundo, a corretora se utilizou de ativos baseados no exterior. Por isso, ele é apenas para investidores qualificados. Ele tem taxa de administração de 1,5% ao ano e uma taxa de performance de 20% sobre o que exceder os rendimentos do ICE US Treasury Short Bond Index TR +2%, que é um índice de crédito privado dos Estados Unidos. O valor mínimo é de R$5 mil
O segundo fundo é o Vitro Coin Smart, que é o fundo de investimentos disponíveis para todos os investidores do varejo. Nele, a corretora optou por uma exposição de 20% ao fundo Vitro Cripto Smart, enquanto os outros 80% são investimentos em ETF de criptomoedas da bolsa de valores. Sobre esses ETF, nós já comentamos cada um deles nesse texto aqui. A taxa de administração do fundo é de 0,34% ao ano e ele, em si, não tem taxa de performance. Apesar disso, por investir no Cripto Smart, que tem taxa de performance, ele tem incidência indireta dessa taxa. O valor mínimo é de R$1 mil.
Vale a pena investir?
Os fundos da Vitreo são, de fato, inovadores. Mas o investidor precisa prestar atenção em alguns detalhes escondidos pela própria empresa. Esses pequenos detalhes podem fazer toda a diferença na sua rentabilidade futura. No final das contas, isso pode custar muito.
Começando pelo Cripto Smart, o fundo tem alta taxa de administração. Além disso, o fundo tem um benchmark que se trata de uma renda fixa. Ou seja, o fundo de renda variável terá comparação com a renda fixa. Para a maioria dos investidores, isso não faz o menor sentido.
Já sobre o Coin Smart, o fundo investirá no Cripto Smart, que tem altas taxas, e além disso vai investir em ETF da bolsa, que também possuem taxas. Nesse investimento, o investidor tem, pelo menos 5 taxas embutidas nos seus investimentos. Com isso, a taxa sobre taxa é forte no fundo, o que vai atrapalhar os rendimentos.
De uma forma geral, são muitas taxas envolvidas e vale mais a pena estudar diferentes ativos e diversificar os investimentos por conta própria. Vale lembrar que os investimentos em criptoativos pode ser feita através de corretoras internacionais, sem a regulamentação efetiva da Receita Federal. O mesmo não acontece com os fundos.