Taxa Selic: Banco Central aumenta juros para 13,75%

Realizando o 12º aumento consecutivo na taxa de juros e no maior patamar desde novembro de 2016, a taxa Selic subiu para 13,75% ao ano. Em sua decisão hoje, 3, o Banco Central mira no combate à inflação e segue em linha com o aumento dos juros no mundo todo. Vale lembrar que na semana passada o FED, banco central americano, também aumentou suas taxas de juros.

Apesar do aumento, analistas agora acreditam que a taxa não deve mais subir. Segundo eles, esse deve ser o patamar da taxa Selic até maio de 2023, quando ela deve começar a cair novamente. No atual patamar, os juros têm potencial para gerar mais desemprego, mas também atrapalham que quer abrir novas empresas.

A maior taxa Selic desde 2016

Completando 12 altas consecutivas, a taxa Selic atingiu o maior patamar desde novembro de 2016. Na época, o aumento dos juros foi resultado de uma instabilidade econômica causada pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Agora, o cenário é outro: o mundo passa por ameaças de recessão global e o aumento de juros vem para conter a alta dos preços.

Por causa disso, o Banco Central aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, passando de 13,25% para 13,75%. Essa alta já era esperada por analistas, mesmo que gere polêmica no mundo financeiro. Isso porque muitos gestores veem a alta como desnecessária, dado que o país já tem altas taxas de juros para segurar a economia. Segundo eles, o meio de conter a alta dos preços não está mais nos juros, mas sim em políticas fiscais que contenham a retenção de impostos e o aumento de custos para as empresas. Dessa forma, eles veem como acertada a decisão de corte do ICMS, que, segundo o presidente Jair Bolsonaro, deve causar deflação nos próximos meses.

Apesar disso, o movimento de alta da taxa Selic segue o mercado internacional. Lá fora, o FED e o Banco Central Europeu também estão aumentando as taxas de juros.

Foto: Reprodução

O que muda na sua vida?

O aumento da taxa Selic impacta diretamente na sua vida. Agora, empréstimos tendem a ficar mais caros, a sua conta digital vai render ainda mais e o desemprego deve se segurar em patamares altos, mesmo que tenha atingido as mínimas dos últimos anos. Por isso, o aumento da taxa rege toda a economia brasileira e, na prática, prejudica quem precisa de emprego ou quer empreender.

Isso porque com os juros básicos maiores, as grandes empresas buscam investir em títulos públicos para ganhar seus retornos, em vez de investir em projetos. Dessa forma, elas geram menos empregos, o que é ruim principalmente para as populações de menor renda. Por outro lado, quem deseja abrir seu próprio negócio também fica prejudicado, dado que os juros e as parcelas dos empréstimos ficam mais caras. No seu dia a dia, é esperado que você veja os preços parando de aumentar tanto, como aconteceu no início desse ano.

Dessa forma, o atual patamar da taxa Selic, que deve permanecer alta até o ano que vem, desacelera a economia e prejudica as famílias mais pobres. Por outro lado, ela é o meio mais fácil de conter a inflação e manter o poder de compra das pessoas.

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