Shopee e Ali podem derrubar Magazine Luiza?

As grandes varejistas asiáticas estão tomando conta dos consumidores no Brasil e, por isso, Shopee e Ali Express preocupam analistas.

Isso porque as empresas fazem frente à gigante Magazine Luiza e o varejo no Brasil é um grande local de vendas.

As asiáticas

Shopee e Ali Express são grandes varejistas asiáticas.

Com produtos a preços acessíveis e com uma enorme gama de opções, consumidores buscam as empresas para comprar produtos de baixa necessidade, como capinhas de celular, sapatos, roupas entre outros artigos de baixa qualidade.

Devido ao caráter de economia em escala das produções asiáticas, os preços praticados por essas companhias ficam bem abaixo da média do mercado.

Também, a Shopee conta com uma aba de “produtores locais”, onde comerciantes brasileiros podem anunciar e vender seus produtos de forma prática, da mesma forma que no “Parceiro Magalu”.

No dia 13 de setembro, por exemplo, a Shopee foi notificada pelo Procon-SP sobre a autenticidade de seus produtos vendidos.

O órgão acredita que a produção desregulamentada pode estar permitindo a venda a preços baixos, o que feriria uma concorrência leal.

Além disso, um comercial com o ator Jackie Chan fez sucesso nas redes e, por isso, o aplicativo da Shopee se tornou o mais baixado no varejo do Brasil.

A empresa brasileira de olho

Ao passo que as asiáticas ganham espaço no Brasil, o Magazine Luiza busca novos meios de fidelizar seus clientes.

Com uma logística diferenciada e muito eficiente, as vendas no e-commerce da varejista somam mais de 50% das vendas totais. Além disso, a empresa busca ganhar clientes através de cartões de crédito e programas de fidelidade.

A empresa, que iniciou em 1957 com uma loja apenas, está presente em todos os estados do país, física ou digitalmente.

Além disso, Luiza Trajano foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, o que alavanca a imagem da empresa.

Magazine Luiza
[Imagem: Magazine Luiza – reprodução]

Magazine Luiza na bolsa

A empresa é a queridinha do mercado, sendo utilizada para mostrar o poder de valorização que as empresas podem ter.

Com mais de 5.000% de valorização desde seu IPO, a empresa deu muito dinheiro para quem teve coragem e persistência.

Apesar disso, nas últimas semanas a história foi outra.

A ação de código MGLU3 sofreu uma queda de 8% nos últimos 5 pregões, puxada pela desvalorização da bolsa brasileira no geral.

Contudo, analistas ainda acreditam que a empresa é sólida, tem bons números e fundamentos para crescer e ser uma gigante não apenas no Brasil, mas na América Latina.

Recentemente, houve boatos, por exemplo, de que a Magalu expadiria seus negócios para a Argentina. Com as recentes crises no país vizinho, parece que isso não acontecerá em breve.

Por isso, a disputa pode pesar negativamente para a empresa brasileira, que tem grandes concorrentes internacionais e, com mercado mais abrangentes, o custo de produção das asiáticas se torna menor.

Apesar disso, a gigante brasileira se mantém firme em sua estratégia de expansão, fazendo diversas aquisições nos últimos meses e aprimorando sua capacidade de logística e atendimento.

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