Poupança não é opção para quem ama seu dinheiro
Poupar deve ser um hábito, mas por que a poupança não é um investimento?
Este é mais um artigo massacrando a poupança e as pessoas que não sabem investir seu dinheiro em aplicações mais rentáveis? Não! Aliás, se você poupa, está no caminho certo para cuidar do seu dinheiro. Hoje, nosso artigo vai te mostrar porque a poupança não é bem vista, e o que é possível fazer ao invés de poupar.
Existem vantagens na poupança?
Como dissemos, nossa intenção não é apenas apontar pontos negativos na poupança. Afinal, poupar deve ser, antes de tudo, um hábito. Então, entre algumas vantagens em investir na poupança, destacamos:
- Segurança: a poupança é considerada uma opção de investimento segura, pois é garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por instituição financeira;
- Acesso facilitado: abrir uma conta poupança é simples e não requer um valor mínimo elevado. Quase todas as instituições financeiras oferecem esse serviço, permitindo que as pessoas tenham fácil acesso a essa modalidade de investimento;
- Liquidez imediata: o dinheiro investido na poupança pode ser resgatado a qualquer momento sem penalidades, o que proporciona liquidez imediata para os investidores em situações de emergência.
Como você pôde ver, a poupança não é completamente um desperdício como muitos apontam, no entanto, não dá para esconder também que as suas desvantagens podem superar as vantagens. Por exemplo:
- Baixa rentabilidade: esta é a principal desvantagem da poupança! Em momentos de inflação elevada ou quando os juros básicos da economia estão baixos, a poupança pode não acompanhar o aumento do custo de vida, resultando em perda de poder de compra ao longo do tempo;
- Rentabilidade atrelada à taxa Selic: a poupança possui uma fórmula de rendimento que a vincula à taxa Selic (Taxa Básica de Juros). Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a rentabilidade da poupança é de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR). Porém, quando a Selic está igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende apenas 70% da Selic mais a TR;
- Perda para a inflação: aqui vem o motivo de tamanha crucificação desse ativo, pois, em períodos de alta inflação, a poupança pode não acompanhar o aumento geral de preços, fazendo com que o dinheiro investido perca poder de compra ao longo do tempo.
Parar de poupar é a melhor opção?
Quando vemos que o nosso dinheiro investido, pode sair valendo menos do que ele deveria, um alerta soa na cabeça apontando que algo não está certo. Mas a melhor solução não é abrir o aplicativo do seu banco e mover todo seu dinheiro da poupança.
Afinal, desenvolver este hábito ─ de todo mês reservar um dinheiro para investir ─ é uma das tarefas mais importantes. Depois de dominá-la, basta fazer um bom direcionamento, e é isso que você deve buscar neste momento: conhecer diferentes tipos de investimentos.
Outros investimentos para aplicar o seu dinheiro
Se você já tem dinheiro em poupança, não precisa se desesperar, pois, com a Selic a 13,75%, o seu dinheiro está “bem guardado”. Mas é importante se interessar pelo mercado, aliás, um dos motivos para tantos brasileiros aplicarem na poupança, é pela extrema facilidade em acessar o serviço.
Neste artigo não abordaremos completamente todas as opções disponíveis para o seu dinheiro, até porque há muitos mercados nos quais você pode investir. Lembre-se de se aprofundar melhor nesse mundo. Você pode explorar destinos como:
- Tesouro Direto: são títulos públicos emitidos pelo governo federal. Existem diferentes tipos de títulos, como Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+, cada um com características específicas. Eles costumam oferecer retornos superiores à poupança, especialmente em cenários de juros mais elevados;
- Fundos de Investimento: Existem fundos de renda fixa, multimercado e até mesmo de ações. Alguns fundos podem oferecer retornos mais interessantes, mas é importante pesquisar bem e avaliar as taxas cobradas;
- Ações: uma das modalidades mais famosas, as ações podem proporcionar retornos substanciais ao longo do tempo, embora envolva mais riscos;
- Fundos Imobiliários: são fundos que investem em empreendimentos imobiliários, como prédios comerciais e shoppings.
Lembre-se de que a diversificação é fundamental para reduzir riscos. Além disso, antes de investir, é indispensável buscar informações detalhadas sobre cada opção, comparar taxas, avaliar o histórico de rentabilidade e, se necessário, contar com a orientação de um profissional de finanças ou investimentos.