Pix começa a funcionar em transações no exterior

O Pix continua a ganhar escala e a se consolidar como o principal meio de transferências e pagamentos do brasileiro. Mais de 715 bilhões de reais haviam sido transacionados por meio da ferramenta digital até dezembro, com mais de 380 milhões de chaves cadastradas por pessoas físicas e empresas. Trata-se de um crescimento expressivo com base na aderência cada vez maior do brasileiro e em novas funcionalidades que passam a ser oferecidas.

Uma das novidades da vez é a possibilidade de fazer pagamentos e transferências para contas no exterior por meio do Pix em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana. A funcionalidade é oferecida a partir de uma parceria do Bexs, um banco especializado em pagamentos e remessas internacionais de forma digital, com a Thunes, empresa global de pagamentos com sede em Singapura.

A Thunes processa pagamentos para empresas globais de segmentos diversos, como as da gig economy (serviços prestados pela internet, como aulas remotas), bancos digitais e plataformas de remessas internacionais. São quase 300 métodos de pagamentos em mais de 120 países e cerca de 80 moedas diferentes.

“Esperamos aumentar ainda mais as relações comerciais gerais do Brasil com o mundo via canais digitais”, disse Luiz Henrique Didier Jr., CEO do Bexs.

Segundo Jenna Wyer, vice-presidente sênior da Thunes para as Américas, a indústria de pagamentos está evoluindo rapidamente diante da demanda crescente de consumidores e negócios por soluções digitais. A executiva apontou dois outros segmentos com crescimento em pagamentos digitais no país: B2B e e-commerce.

Com a parceria entre as duas instituições financeiras, a previsão é que entre o fim de 2022 e o início de 2023, todas as transferências enviadas para o Brasil por meio da Thunes sejam realizadas em tempo real.

Dado que a Thunes tem uma operação de alcance global, providenciando soluções para companhias como o PayPal e a Remitly, os serviços terão uma ampla abrangência em mercados internacionais, em mais de cem mercados.

Mas, a oferta de transferências em tempo real ainda esbarra em soluções de interoperabilidade de sistemas. “Há poucos exemplos em todo o mundo similares ao Brasil. São países como Malásia e Singapura, em que os sistemas domésticos estão conectados com pagamentos cross-border entre eles”, disse a executiva da Thunes.

 

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