Brasil em 2023. Saiba os motivos e consequências para a população”>

Redução do endividamento no Brasil em 2023

Endividamento cai apenas 0,1 ponto percentual

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento atingiu 77,8% das famílias do país em 2023, registrando uma queda em relação ao ano anterior, quando o índice estava em 77,9%, representando uma redução de 0,1 ponto percentual.

Fatores que influenciaram o endividamento

O incremento do endividamento começou em 2019, coincidindo com o primeiro ano do governo Bolsonaro, e agravou-se em 2020, com a eclosão da pandemia de covid-19, refletindo-se de maneira ainda mais intensa durante o ano de 2021. O aumento dos juros no país em 2022 tornou a situação ainda mais crítica, reduzindo o poder de compra do consumidor e levando a um recorde no índice de endividamento. A inflação elevada e a lenta recuperação do mercado de trabalho também acentuaram o endividamento das famílias.

Redução dos juros e da inflação para 2023

No entanto, em 2023, houve uma redução significativa no endividamento. O Banco Central reduziu a taxa Selic de forma progressiva, o que contribuiu para tirar as famílias do sufoco financeiro, aliviando o peso das dívidas e impulsionando a retomada econômica. No entanto, mesmo com a redução global do endividamento, houve um aumento da inadimplência, o que merece atenção e análises adicionais.

Inadimplência atinge nível recorde

Aumento da inadimplência no Brasil em 2023

Apesar da queda no índice geral de endividamento, o número de famílias inadimplentes atingiu um recorde em 2023, com quase três em cada dez famílias com dívidas atrasadas. A inadimplência é um reflexo da dificuldade de pagamento das dívidas, causada por diversos fatores socioeconômicos, como a baixa renda e a volatilidade econômica do país.

Fatores que contribuem para a inadimplência

Mantendo mais de um Cartão de Crédito, não acompanhar a saúde financeira pessoal e a falta de atenção às datas de vencimento das contas são fatores que propiciam o aumento da inadimplência. É essencial compreender a diferença entre endividamento e inadimplência, percebendo que o primeiro é positivo para o desenvolvimento econômico, enquanto o segundo é um reflexo negativo do endividamento que deve ser evitado.

Novas perspectivas para 2024

Espera-se que as perspectivas econômicas para 2024 sejam mais favoráveis, com a diminuição das taxas de juros e a desaceleração da inflação, o que pode contribuir para uma redução ainda maior do endividamento e da inadimplência das famílias brasileiras. No entanto, é fundamental que consumidores e governantes estejam atentos para a manutenção dessa tendência e para o desenvolvimento de ações que beneficiem a população de forma equitativa.