Investir no Tesouro Direto pode ser ruim: entenda!

Investir no Tesouro Direto é a porta de entrada para muitos brasileiros no mercado financeiro. Ele tem a segurança necessária e a facilidade exigida, porém pode não ser tão vantajoso assim.

 

Como funciona o Tesouro Direto

O Tesouro Direto é uma ferramenta de captação de dinheiro por parte do Governo Federal. Com ele, os investidores emprestam dinheiro para o Governo, que usará o valor para construir estradas, pontes e demais gastos em infraestrutura e dívidas do país.

Como o dinheiro é seu e está sendo usado para outros fins, o Governo, em troca do seu dinheiro, paga a você o valor investido mais juros no final do seu “contrato”.

Para definir os juros, o Tesouro Direto tem diversas formas de investimentos. Na plataforma, você acha ativos com juros prefixados, ligados à Selic e ligados à inflação.

Tesouro Prefixado

No Tesouro Direto, investir nos papéis prefixados pode ser benéfico em cenários de queda de taxa de juros. Isso porque nesses investimentos, a taxa é definida na hora do investimento e não é alterada.

Por isso, o investidor saberá quanto vai receber no fim do contrato, não terá surpresas nem alterações nos valores.

Essa é a forma mais tranquila de investir no portal.

Tesouro fixado à Selic

Nesse investimento, é comum que seja pago um percentual mais a taxa Selic do período, ou seja, se o país estiver em um cenário de alta da taxa de juros, pode ser uma opção para rentabilizar ainda mais os investimentos.

Esse cenário faz com que seja necessário saber o valor da taxa no momento e saber que ela pode mudar a cada 45 dias, segundo reuniões do COPOM.

Tesouro fixado à inflação

Esses papéis retornam ao investidor a taxa de inflação do período mais um prêmio, juros adicionais, por investir nessa modalidade.

Por isso, com cenários de inflação alta pode ser uma excelente medida para manter o poder de compra. Ainda, é recomendado para investimentos de longo prazo, de 10 a 20 anos.

 

Os problemas do Tesouro Direto

Apesar da facilidade e dos baixos valores, pode não ser uma boa ideia investir no Tesouro Direto. Isso porque anualmente incide uma taxa de 0,3%, referente à custódia da B3, que pode não fazer sentido.

Dessa forma, se o investidor desejar ter um retorno atrelado à Selic, pode ser mais vantajoso investir em uma conta digital que renda 100% do CDI. Essas contas geralmente não cobram taxas. No longo prazo, o 0,3% pode fazer diferença. Por isso, calcular é sempre necessário!

Além disso, como o Tesouro Direto tem volatilidade e seus preços momentâneos variam, o ideal é sempre vender no vencimento. Porém, sabemos que nem sempre é possível manter o investimento por 10 ou 20 anos. Assim é mais vantajoso que o cliente invista em Letras Financeiras, Letras de Câmbio ou CDBs que tenham prazos menores. No mercado existem papéis com prazos menores, como 90 dias, 1 ano, 5 anos.

Por último, o valor do prêmio extra do Tesouro Direto pode ficar abaixo do prêmio de alguns CDBs. Alguns bancos lançam esses títulos atrelados ao IPCA, com prazos menores e juros maiores. Dessa forma, fica mais vantajoso investir em CDBs.

De qualquer forma, o importante é sentar e calcular. Como se trata do seu dinheiro, qualquer taxa a mais é importante de ser analisada.

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