Ibovespa opera em alta, mas não recupera tombo da última segunda-feira (20)

O índice das principais ações brasileiras, o Ibovespa, subiu pouco após um tombo de mais de 2% ontem (20). Nesta terça-feira (21), a alta foi de 0,46%, uma intensidade também menor que os pares internacionais. O mercado ficou de olho na Comissão Mista do Orçamento (CMO), que votou o texto inicial. Como a pauta foi votada apenas no fim da tarde, o dia foi de stand-by.

Ao contrário, no exterior, as bolsas ganharam fôlego. As falas de Joe Biden sobre a pandemia nos Estados Unidos animaram os investidores, que voltaram aos ativos de alto risco.

Cenário nacional não ajudou o Ibovespa

O cenário político brasileiro não ajudou muito o Ibovespa na tarde dessa terça-feira. Isso porque as informações importantes para a economia ficaram para o fim do dia, quando não havia muito espaço para reagir. Com isso, o mercado andou de lado na maior parte do dia, à espera da CMO.

Por lá, a comissão aprovou o Orçamento de R$44 bilhões. Contudo, o texto veio com reajuste aos policiais da PF, ao contrário do que disse o relator no final de semana. Com isso, o texto precisa da aprovação da Câmara e do Senado para se firmarem nas dívidas públicas do ano que vem.

Apesar disso, o mercado não parece que reagirá de forma favorável. Por outro lado, o impacto deve ser bem menor que as reações sobre o furo do teto de gastos, feito pela PEC dos Precatórios. Com isso, o foco voltou para os ativos que mais pesam no Ibovespa, que são Petrobras e Vale.

No dia de hoje, as duas maiores posições do Ibovespa tiveram dias bem diferentes. Petrobrás operou em alta de apenas 0,14%, enquanto Vale subiu 2,63%, principalmente seguindo a cotação do minério no mercado internacional. Contudo, o cenário do dia ficou com Embraer, que subiu 16,02%. O segundo lugar ficou com Azul, operando em alta de 7,54%. Atrás dela, Localiza com alta de 6,50%. Nas baixas, Alpargatas caiu 4,37%, seguido por Banco Inter e IRB, que caíram 4,15% e 3,10%, respectivamente.

Nos Estados Unidos, a Ômicron é a principal adversária

No cenário internacional, o mercado ficou à espera das falas de Joe Biden. E ao contrário do Ibovespa, lá o cenário ficou mais otimista com as falas do presidente. Com isso, os índices recuperaram as perdas de ontem e ainda subiram um pouco mais.

Com isso, o índice Nasdaq operou em alta de 2,40%, liderando as altas do dia nos Estados Unidos. O segundo lugar ficou com o S&P500, que subiu 1,78%. Por último, o Dow Jones, que também subiu de forma consistente, 1,60%. Isso porque as altas refletiram as falas de Biden, que afirmou que o país está preparado para uma alta nas hospitalizações. Além disso, ele afirmou que o governo vai ampliar a testagem e a distribuição de vacinas. Posteriormente, ele também afirmou que pretende abrir o país para viajantes, em vez de fechar, como os investidores esperavam.

Por último, o dólar operou em queda de 0,07%, o que presume uma lateralidade. Com isso, a moeda ficou cotada em R$5,74. O valor é o maior em 9 meses, o que preocupa economistas, principalmente por causa da inflação no Brasil.

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