Ibovespa fecha em alta no primeiro pregão da semana

O Ibovespa operou em forte subida nessa segunda-feira, 29, após um tombo no último pregão da semana passada. Mesmo com o fechamento de +0,58%, a alta não foi suficiente para repor as perdas de mais de 3% na sexta-feira. Apesar disso, o mercado de ações do mundo inteiro segue de olho na variante Ômicron e nos desdobramentos da nova variante do coronavírus.

A incerteza do mercado ainda permanece, o que faz os investidores serem mais cautelosos em relação aos ativos de maior risco. Contudo, o dia foi de os investidores buscarem descontos nos ativos altamente desvalorizados no ano.

O que mexeu no Ibovespa?

O Ibovespa teve diversos fatores que afetaram a oscilação dos ativos, mas de longe a principal preocupação do mercado é com a variante Ômicron. Com uma mutação na proteína S, a base de todas as vacinas, o mundo começa a temer um novo lockdown.

Com a Europa já decretando o isolamento social, os preços dos barris de petróleo caíram bruscamente na sexta-feira. Hoje, o Brent operou em leve alta de 1%, cotados a US$73, aproximadamente. Como a commodity é fundamental para a Petrobrás, o ativo também subiu. Contudo, a alta foi bem maior, na casa dos 4%, o suficiente para suprir as perdas de sexta-feira. A alta veio, além do Brent, pelo desconto da empresa, que é uma das maiores da Bolsa e tem grande peso no Ibovespa.

Ainda falando em commodities, o minério de ferro subiu 7% hoje, com os preços recuperando parte das perdas da semana passada. Dessa forma, Vale também operou em alta. Ao contrário de Petrobrás, a ação subiu menos que a commodity, ficando em alta de 1,25% hoje. Vale te 11% de peso no Ibovespa.

Além disso, as perspectivas do Boletim Focus apontam para um aumento maior de 1,5% da taxa de juros em dezembro. Com isso, ações da B3 e Cyrella, empresas que a alta de juros afeta negativamente, operaram em queda no dia de hoje. Os ativos caíram 2,38% e 3,70% respectivamente.

Das 92 ações do Ibovespa, 48 operaram em alta, praticamente 50% delas. A alta de apenas parte dos ativos vem acompanhada de uma expectativa de PIB mais baixo e de um IPCA mais alto, o que aproxima o Brasil cada dia mais da estagflação.

Ibovespa
Foto: Carlo Allegri/Reuters

Lá fora o cenário foi parecido

Nas bolsas de valores americanas, o cenário foi parecido com o Ibovespa. Isso porque as três bolsas de lá fecharam em alta após o tombo da sexta-feira no mundo todo. Dessa forma, os ativos recuperaram parte das perdas e os índices de lá continuam as suas tendências de alta.

Nasdaq operou na maior alta do dia, subindo 1,88%. A bolsa representa as empresas de tecnologia, as mais afetadas pela pandemia. Do lado das maiores empresas, o S&P 500 subiu 1,32%, fechando a 4.654 pontos, um dos maiores fechamentos da história. No ano de 2021, o índice já subiu 25,80%. Representando a “velha economia”, o Dow Jones subiu menos, 0,68%.

Falando em moedas, o Bitcoin corrigiu bastante a sua queda de sexta-feira também. Contudo, em vez de corrigir pouco, a criptomoeda subiu bem mais, na casa dos 1,18%. Mesmo que seja um percentual baixo, é relevante devido à incerteza mundial.

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