Ômicron: nova cepa do coronavírus preocupa o mundo

O mundo entrou em alerta com a descoberta de uma nova cepa do coronavírus, denominada Ômicron. Descoberta na África do Sul, cientistas acreditam que a nova variante tem maior mutação e é mais infecciosa que as outras variáveis do vírus.

Com a notícia, os mercados caíram, mas pior que isso, o mundo entrou em alerta. Posteriormente à descoberta, países da Europa começam a decretar lockdown, além de colocar viajantes africanos em isolamento. No Brasil, viajantes do continente africano estão proibidos de entrar em território nacional.

O que se sabe sobre a Ômicron?

Até agora, pouca coisa se sabe sobre a Ômicron, a nova cepa do coronavírus. Apesar disso, as informações que chegam de autoridades científicas não são boas. Inclusive, os estudos preliminares mostram que a eficácia das vacinas podem sofrer graves baixas com a nova variante.

Isso porque, a princípio, a nova variante tem uma mutação na proteína S. Essa proteína, que é a que liga o vírus às células do corpo, é a base de todas as vacinas. Com a base da vacina modificada, a vacina se torna ineficaz. E justamente aí que está o pânico. E para piorar, a farmacêutica Moderna falou em nota que a Ômicron pode ser um “risco potencial significativo” à eficácia de sua vacina. O programa de imunização do Brasil não contempla essa vacina.

A variante Ômicron recentemente descrita inclui mutações vistas na variante Delta. Acredita-se que ela aumenta a transmissibilidade e mutações vistas nas variantes Beta e Delta e que promovem o escape imunológico”, afirma a nota da Moderna à imprensa.

Além disso, analistas ainda afirmam que a queda natural da imunidade da população, devido à vacinação ainda no ano passado, é um fator que pode ajudar na disseminação dessa nova variante do coronavírus. E por causa da Ômicron, a Europa começou a restringir a chegada de viajantes.

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População no Reino Unido andando sem proteção facial em meio à pandemia. Foto: Reuters

E como o mercado vai reagir a isso?

O mercado, na verdade, já reagiu à Ômicron. Contudo, muitos analistas falam que as quedas nas bolsas foram exageradas, dado que ainda não se tem muitas informações a respeito da nova variante do coronavírus. Com uma expectativa de restrições no futuro, o mercado acredita na volta da força da pandemia e por isso decidiu migrar para ativos de segurança.

Dessa forma, a tendência é que, caso se comprove a letalidade da variante Ômicron, as restrições de circulação afetarão a cadeia de produção, aumentando ainda mais os custos. Em um resumo bastante simplista, o que pode acontecer é um aprofundamento do atual cenário. Contudo, no caso do Brasil, em comparação com o mundo, as consequências são mais graves, dada a economia emergente na qual nos encontramos.

Apesar disso, cientistas ainda desconhecem como a Ômicron se comportará em países que têm maiores percentuais de vacinação. Isso porque a África do Sul tem baixos índices de vacinados, o que colabora para a disseminação e novas mutações do coronavírus.

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