Diversos discursos de bancos centrais marcaram a segunda-feira (27), mas isso não refletiu no Ibovespa. Com um aumento generalizado nas taxas de juros, conforme o BoE, o Brasil se vê pressionado nos investimentos.
Apesar disso, o índice brasileiro fechou em alta, agradando os investidores.
O cenário internacional
O Ibovespa reagiu à retirada dos estímulos do FED, o banco central americano, que passará a comprar menos títulos públicos já no mês de novembro.
Isso porque os governos estão de olho na inflação. Antes, os agentes econômicos acreditavam que a alta dos preços seria passageira e que a retomada econômica normalizaria as inflações.
Agora, o mundo inteiro já se prepara para uma inflação persistente, que deve ser combatida justamente com o aumento das taxas de juros nas economias centrais.
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Ativos de tecnologia apresentaram queda, sinalizado no índice S&P500, que tem as principais empresas de tecnologia. Por outro lado, o Dow Jones, que tem empresas tradicionais e ”mais seguras”, teve uma leve alta.
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Mercados emergentes tendem a sofrer mais em altas de juros e isso não deixa o Ibovespa de fora.
Apesar disso, o índice fechou em alta. Contudo, isso não significa que foi tudo muito tranquilo, principalmente quando vemos a volatilidade dos papéis da Petrobrás.
Com o dólar fechando a R$5,39, os frigoríficos tomaram a frente nas subidas por estarem ligados ao setor de exportação da economia nacional. Com um dólar mais alto, a tendência é de aumento nos lucros, que serão reportados nos próximos meses.
Além disso, a compra da Marfrig pelo grupo BR Foods pesou bastante na decisão dos investidores.
Falando em Vale, por outo lado, a cotação subiu após uma recuperação do preço do minério de ferro, que subiu 7% hoje. Apesar disso, o caso Evergrande está longe de acabar.
Somado a isso, os sucessivos descontos no preço dos ativos da empresa fizeram com que gestores entrassem forte na empresa hoje, recuperando parte de seus prejuízos anteriores.
No lado da Petrobrás, Luna e Silva, presidente da empresa, disse que nada mudará na forma como a empresa refletirá o preço dos ativos na gasolina. Isso acontece após embates entre ele e Roberto Campos Neto, do Banco Central.
O futuro
Para analistas e gestores, o Ibovespa deve começar a tranquilizar conforme os estímulos do FED forem se concretizando.
Por isso, a penumbra na qual o mercado financeiro se encontra é temporário e os pregões devem mostrar maior volatilidade já nas próximas semanas.
Contudo, a alta de juros pode afetar os rendimentos nesse ano, somando-se às baixas expectativas para o Brasil em termos de inflação e de PIB.
Hoje o Boletim Focus trouxe notícias não muito agradáveis, principalmente para o ano de 2022. Porém, o Governo Federal ainda tem questões importantes para resolver.
Tudo cenas dos próximos capítulos.
Bons investimentos!
