Holanda anuncia lockdown para conter a Ômicron

A Holanda anunciou ontem, 19, mais um lockdown para tentar conter o aumento de casos da variante Ômicron no país. Por lá, apenas serviços essenciais funcionarão. Além disso, os planos para o natal ficaram apenas no papel. Isso porque as medidas restritivas devem permanecer até, pelo menos, 14 de janeiro. O primeiro-ministro do país fez o anúncio de forma repentina, na noite de sábado, 18.

Apesar da medida sanitária, diversos setores não gostaram da notícia. Isso porque a época de natal e ano novo são excelentes para as vendas da maioria dos setores de varejo. Comerciantes exigiram “compensação”.

A Ômicron pela Europa; lockdown na Holanda

A Europa é fortemente afetada pela nova variante Ômicron. Desde a chegada de novos casos, a França e o Reino Unido passam por problemas na contenção da transmissão do vírus. Na semana passada, a França fechou as portas para viajantes do Reino Unido. Agora, a Holanda faz o mesmo caminho, além de adotar o lockdown total.

Por lá, o número de casos passou dos 90 mil diários apenas na Inglaterra. No continente, cerca de 60% dos casos de covid-19 estão relacionados à nova variante. “A Ômicron se espalha a um ritmo nunca visto antes, e vem dobrando a cada dois ou três dias. Ontem vi mais de 90.000 novos casos relatados em todo o Reino Unido. Estamos extremamente confiantes de que o número de infecções – pessoas com a doença, mas que não foram confirmados por um teste – é significativamente maior do que isso”, escreveu o secretário de saúde do Reino Unido.

Com isso, as próprias autoridades do Reino Unido acreditam que os casos são maiores que os notificados e, com isso, a situação ficaria ainda mais grave. Por isso, países do continente começam a ligar os sinais de alerta. Na Dinamarca, há medidas restritivas à aglomeração de pessoas nas lojas. A França optou pela proibição de eventos ao ar livre. Roma, na Itália, também cancelou a festa da virada do ano.

Holanda
Foto: Unsplash | Reprodução

A economia em xeque novamente

Com a variante Ômicron se espalhando e o lockdown restritivo na Holanda, a economia mundial começa a ficar em xeque novamente. As cadeias produtivas devem, no início do ano que vem, apresentar novos problemas de abastecimento, o que pode gerar mais um aumento nos preços. A inflação do Brasil, que deve fechar acima dos 10%, também ficará comprometida.

Contudo, ainda é cedo para medir os impactos da Ômicron, dado que os efeitos não foram sentidos na economia. Apesar disso, se pegarmos o histórico da covid, podemos prever que as coisas devem começar a piorar por aqui no meio do ano que vem, quando as commodities, principalmente, devem sofrer com a brusca valorização.

Por outro lado, o governo brasileiro parece não olhar para o problema. Isso porque, assim como no início da pandemia, o vírus demorou a chegar no país, o que dá um tempo para que o governo formule estratégias para a contenção. Contudo, Bolsonaro ainda não falou abertamente sobre a Ômicron e, pelo contrário, colocou em xeque a eficácia das vacinas na sua live de quinta-feira.

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