ALUGUEL: preço do metro quadrado subiu, em média, 5,79% em 50 cidades pesquisadas

A alta nos juros e o retorno às atividades presenciais impulsionam a disparada dos preços de aluguel no Brasil

Nos últimos anos, a economia tem sido marcada pela alta nos preços dos aluguéis, afetando diretamente o bolso dos brasileiros. Com a inflação em ascensão, os valores de aluguel têm seguido essa tendência, tornando-se cada vez mais difíceis de serem arcados.

Conforme o Índice FipeZap+, os aluguéis residenciais destinados a novas locações registraram um aumento médio de 17,05% em 25 cidades brasileiras, representando a maior alta em 11 anos para o intervalo analisado.

Conforme o estudo, a variação acumulada nos aluguéis em São Paulo, nos 12 meses até fevereiro, foi de 15,14%. Florianópolis, por sua vez, apresentou um aumento de 33,36%, liderando o ranking entre as capitais. Em seguida, estão Goiânia (GO), com 31,23%; Curitiba (PR), com um aumento acumulado de 24,17%; Belo Horizonte (MG), com 21,73%; e Fortaleza (CE), com 21,32%.

O aumento expressivo dos juros básicos da economia e, consequentemente, das taxas de financiamento imobiliário, que tornaram a aquisição da casa própria impraticável, foram os fatores que desencadearam essa elevação.

Por outro lado, o crescimento dos aluguéis solicitados é quase dez vezes maior que o acúmulo do IGP-M, popularmente conhecido como a “inflação do aluguel”. Esse índice apresentou uma elevação de apenas 1,86% nos 12 meses até fevereiro deste ano.

Devido à taxa de juros elevada, aqueles que não conseguem adquirir um imóvel optam pelo aluguel. O crescimento da demanda por locação constitui o principal motivo do aumento nos valores dos aluguéis.

Aluguel: preço dispara no Brasil
Aluguel: preço dispara no Brasil

Compra de imóvel: metro quadrado mais caro

O declínio na compra e venda de imóveis impactou os preços de aquisição, uma vez que o metro quadrado teve um aumento médio de 5,79% em 50 cidades analisadas. No entanto, essa correção seguiu praticamente a inflação geral da economia no mesmo intervalo de tempo.

O aumento dos preços do aluguel

Segundo especialistas, o retorno ao trabalho presencial devido ao abrandamento da pandemia também tem contribuído para o aumento da demanda por locação de casas e apartamentos, colaborando para a elevação dos preços dos aluguéis residenciais.

Porém, o aumento dos preços dos aluguéis também pode ser atribuído a uma combinação de fatores, que incluem:

  • Inflação: O aumento generalizado dos preços tem um impacto direto nos aluguéis. A alta da inflação resulta em maior custo de vida e, consequentemente, aumenta a demanda por imóveis com aluguéis mais baixos, contribuindo para a elevação dos preços.
  • Demanda e oferta: A demanda por imóveis para alugar tem crescido, enquanto a oferta não tem acompanhado o mesmo ritmo. Isso leva a uma maior competição entre os interessados, o que eleva os preços dos aluguéis.
  • Custos de construção e manutenção: Os custos de construção e manutenção de imóveis também têm subido, o que se reflete no valor dos aluguéis. Os proprietários precisam cobrir esses custos e, muitas vezes, acabam repassando-os aos inquilinos.
  • Localização e valorização imobiliária: A valorização de determinadas áreas urbanas também contribui para o aumento dos preços dos aluguéis. Imóveis em áreas mais valorizadas geralmente possuem aluguéis mais elevados.

Dicas para economizar no aluguel

  • Busque imóveis em áreas menos valorizadas: Morar em bairros mais afastados do centro ou em áreas menos valorizadas pode significar aluguéis mais baixos. Considere a relação entre custo e benefício antes de tomar uma decisão e leve em conta fatores como transporte público, segurança e infraestrutura.
  • Pesquise e compare: Antes de fechar um contrato de aluguel, pesquise e compare os preços de diferentes imóveis. Use a internet e anúncios em jornais para encontrar as melhores ofertas e verificar se o valor cobrado está de acordo com a média da região.
  • Negocie com o proprietário: Tente negociar o valor do aluguel diretamente com o proprietário. Apresente argumentos sólidos, como bom histórico de inquilino, estabilidade financeira e intenção de permanecer no imóvel por um longo período. Além disso, esteja preparado para fazer concessões, como aceitar um reajuste anual no valor do aluguel.
  • Considere dividir o imóvel: Dividir o aluguel com amigos ou familiares pode ser uma ótima forma de economizar.
  • Considere alugar imóveis mobiliados: Alugar um imóvel mobiliado pode ser uma alternativa mais econômica do que comprar móveis e eletrodomésticos. Além disso, alguns imóveis mobiliados incluem as despesas de água, gás e energia elétrica no valor do aluguel, facilitando o controle dos gastos.
  • Utilize serviços de aluguel por temporada: Se a sua necessidade de moradia é temporária, considere alugar imóveis por temporada. Essa opção pode ser mais econômica do que alugar um imóvel por um contrato convencional.
  • Opte por imóveis menores: Imóveis menores tendem a ter aluguéis mais baixos e, além disso, geralmente possuem menores custos de manutenção e energia elétrica.
  • Verifique a possibilidade de descontos: Alguns proprietários oferecem descontos para inquilinos que pagam o aluguel antecipadamente ou em dia. Informe-se sobre essa possibilidade e negocie para obter o melhor desconto possível.
  • Economize nos gastos com o imóvel: Depois de alugar um imóvel, adote medidas de economia de energia e água, como trocar lâmpadas por modelos mais eficientes, verificar vazamentos e instalar redutores de vazão nos chuveiros e torneiras. Além disso, evite realizar reformas desnecessárias e opte por soluções mais simples e econômicas.
  • Reavalie a necessidade do aluguel: Se a situação financeira estiver apertada, reavalie a necessidade de alugar um imóvel. Considere a possibilidade de morar com familiares ou retornar à casa dos pais por um período, até que a situação melhore.

Em resumo, o aumento dos preços dos aluguéis é uma realidade que afeta muitos brasileiros e demanda atenção e planejamento para enfrentar essa situação.

Ao adotar estratégias como pesquisar e negociar, optar por imóveis em áreas menos valorizadas, dividir o aluguel com outras pessoas e economizar nos gastos com o imóvel, é possível minimizar os impactos financeiros do aumento dos aluguéis e garantir uma moradia adequada.

Lembre-se de que a chave para enfrentar esse desafio é a informação e a disposição para adaptar-se às mudanças do mercado imobiliário.

PÉSSIMA NOTÍCIA para os brasileiros que moram de aluguel

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