4 maneiras para abrir conta corrente em dólar

O ano de 2022 começou com uma série de mudanças para quem vai viajar ao exterior. Além da mudança que trata do dinheiro em espécie, a nova legislação também abre caminho para que instituições financeiras brasileiras ofereçam, de forma direta, conta corrente em dólar americano. O projeto ainda depende de regulamentação do Banco Central.

Entretanto, já existem hoje bancos digitais e fintechs que oferecem esse tipo de serviço por meio de sedes no exterior ou de parcerias com bancos de outros países. É o caso do C6 Bank, que oferece opções de contas nas duas principais moedas do mundo: dólar e euro.

O grande diferencial de uma conta internacional é que, além de oferecer um cartão de débito habilitado para uso em dezenas de países, a alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é menor. Nas compras com cartão de crédito, por exemplo, há cobrança de 6,38% de IOF, contra 1,1% das contas internacionais.

Outra vantagem é que as conversões são realizadas pelo aplicativo com base no dólar comercial do dia, e não na cotação do turismo. Tudo isso garante uma economia total de quase 10% em relação às compras feitas com um cartão de crédito.

4 opções para abrir uma conta em dólar

BS2

O banco digital BS2 oferece uma conta internacional baseada em dólar aos correntistas com conversão direto pelo aplicativo de celular. A instituição ainda entrega um cartão de débito que pode ser usado no Brasil e no exterior para saques e compras, inclusive em sites estrangeiros.

Cada conversão sofre a incidência de IOF mais 2% de spread, que é a diferença entre o câmbio comercial e o valor final pago pelo cliente. Cada envio ou recebimento de valores do exterior tem taxa de US$ 12.

C6 Bank

O C6 mantém duas opções de contas internacionais: em dólar e euro, ambas com cartão de débito gratuito. Além de guardar os valores, em razão de uma parceria com a Wire Transfer, é possível fazer e receber remessas do exterior em até dois dias úteis.

Nas duas opções há uma taxa de US$ 30 dólares (cerca de R$ 165) para a abertura de cadastro, isenta aos correntistas que somam R$ 20 mil em investimentos. O banco cobra um spread de 2% sobre as conversões de valores e, no caso de inatividade da conta por um ano, uma tarifa de US$ 10 ou € 10.

Nomad

Recém lançada, a fintech Nomad é mais focada no público que viaja para os Estados Unidos, embora seu cartão possa ser usado em 20 países. Seus depósitos são assegurados pela agência depositária americana, o Federal Deposit Insurance Corporation (FIDC) e permite que, além de remessas, as quantias sejam usadas para investimentos nas bolsas de valores americanas.

Não há tarifa para a abertura e manutenção da conta, nem na emissão do cartão de débito. Nas conversões, que podem ser realizadas por TED ou Pix, o spread é de 2%, sendo o mínimo de US$ 100 por transação.

Wise

A Wise (antiga TransferWise) oferece uma conta digital com conversão de valores para mais de 50 moedas. Isso facilita que as compras internacionais sejam pagas na moeda local, sem necessidade de realizar duas conversões – para o dólar e para a moeda respectiva.

A empresa também oferece um cartão de débito internacional sem custo e limite de saque gratuito, dependendo da moeda em que a transação for realizada. Pelos serviços, como as outras, aplica-se 1,1% de IOF, além de um spread que varia conforme o montante e a moeda da transação – empresa não informa o percentual de spread.

Como abrir a conta internacional?

A abertura da conta internacional é feita pelo aplicativo de celular, em um processo igual ao dos bancos digitais comuns. Durante o cadastro, as instituições solicitam o registro de uma foto, para fazer a validação facial, e de documentos, como RG e CNH. As solicitações demoram até cinco dias úteis para serem aprovadas.

Para quem a conta internacional é indicada? Embora estejam disponíveis para qualquer pessoa, as contas internacionais são mais indicadas para quem vai viajar para o exterior, quem faz muitas compras em sites estrangeiros e para quem presta serviço para empresas sediadas em outros países. Ela também é uma ótima opção para quem precisa fazer transferências bancárias internacionais.

Preciso declarar uma conta internacional? Todos os brasileiros com conta corrente no exterior devem declarar o saldo à Receita Federal. O reporte é feito anualmente via Declaração de Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF), em um campo específico, de forma simplificada. Os bancos costumam enviar um demonstrativo com os valores a serem relatados.

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