Em sessão do Senado na noite de ontem, 30, a casa aprovou a inclusão do valor de compra e instalação de placas solares no financiamento do imóvel para produção de energia solar nas moradias.
A decisão faz parte do Sistema de Financiamento Habitacional (SFH) e foi aprovado por unanimidade.
A conta de luz
A senadora Kátia Abreu, que enviou o projeto, alegou que a energia solar poderia ser utilizada de forma mais ampla.
Isso porque o custo da energia solar aumentou mais de 20% no último ano e impactou diretamente as famílias brasileiras, principalmente as de menor renda. Por isso, Katia afirma que alternativas que não dependam do ciclo de chuva são sempre bem-vindas para diminuir os impactos das estiagens.
Por outro lado, a senadora também destacou o potencial que o Brasil tem para a geração desse tipo de energia. O país, que tem sua região Norte e Nordeste próximas à linha do Equador, tem grande incidência solar. Além disso, a senadora destacou os impactos positivos no meio ambiente e a diminuição do uso de poluentes.
Ela ainda afirmou que “no local menos ensolarado no Brasil é possível gerar mais eletricidade solar do que no local mais ensolarado da Alemanha, que é um dos líderes no uso da energia fotovoltaica”.
Por último, a senadora ainda afirmou que o setor de energia elétrica foi responsável por 140 mil empregos diretos e indiretos, segundo a Absolar. A energia elétrica permite uma redução nos custos da luz e seus investimentos se pagam em até 7 anos.
Aumento na prestação
O relator do projeto da energia solar, senador Irajá, afirmou que a diminuição da conta de luz compensa o aumento nas prestações do financiamento.
Ele ainda afirmou que a presença de painéis fotovoltaicos valoriza o imóvel e, por isso, a inclusão da ferramenta é uma excelente forma de dar mais valor ao financiamento. Além disso, a energia produzida é renovável e limpa, favorecendo a limpeza da matriz energética.
Assim como Katia Abreu, ele também reiterou que a energia solar diminui a pressão da falta de chuvas e da oscilação das tarifas. Com o uso da energia solar, diminui-se a necessidade de racionamento de água.
Algumas emendas foram aceitas: uma delas diz que a inclusão da energia solar se aplica a imóveis já financiados pelo sistema SFH. Outra emenda ampliou o financiamento para imóveis rurais.
O preço da energia elétrica
A crise hídrica afetou diretamente o fornecimento de energia. O governo criou uma tarifa especial e mais cara para suprir os custos de produção. Por isso, a energia solar pode ser um meio de acabar com isso.
Em um ano, a conta de luz subiu mais de 20% e os órgãos fiscalizadores alertam para risco de apagão nacional.
Além disso, o aumento na energia afeta toda a economia, impactando negativamente no PIB do Brasil.
