No âmbito das prévias do PSDB, o partido começa a se movimentar para a votação de quem será o candidato do partido à presidência no ano que vem. A votação, que começará no dia 21 de novembro, está dividindo o partido e tem polêmicas envolvidas.
Apesar disso, Geraldo Alckmin, nome forte no partido, disse em reunião que apoia Eduardo Leite nas prévias. A informação é de André Guilherme Vieira, do Valor Econômico.
As prévias do PSDB
O partido decidiu, pela primeira vez, fazer uma votação interna para decidir qual será o candidato. Com uma proposta diferente dos outros partidos, os votos serão igualmente distribuídos entre os setores do partido. Atualmente, concorrem às prévias do PSDB Eduardo Leite, João Dória e Arthur Virgílio.
Recentemente, o partido retirou o voto de 92 prefeitos e vice-prefeitos de cidades de São Paulo que, segundo a acusação, teriam se filiado ao partido após o prazo de 31 de maio, data limite para quem quer votar. Isso representou uma derrota a João Dória, atual governador de São Paulo.
Segundo pesquisa, Eduardo Leite leva vantagem na corrida e deve ser o representante do PSDB em 2022. A sigla tenta ser uma terceira via forte, papel que está congestionado, segundo analistas, pela entrada de diversos políticos na corrida eleitoral.
Anteriormente, um levantamento do Estadão mostra que, até agora, 11 figuras são pré-candidatos à presidência no ano que vem. Uma pesquisa recente do Poder 360 colocou o ex-juiz Sérgio Moro como o terceiro colocado na corrida, atrás de Lula e Bolsonaro, que ficaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente.
O papel da terceira via
O PSDB tenta ser a terceira via, juntamente com Podemos, PSD e PDT, de Sérgio Moro, Rodrigo Pacheco e Ciro Gomes, respectivamente. Essas opções de voto vêm com um discurso de acabar com a polarização política do país, mas há problemas.
Isso porque analistas acreditam que o alto número de candidatos pode dividir os votos desses partidos, o que levaria, a um segundo turno, Lula e Bolsonaro, o signo da divisão do país. Com isso, qualquer um dos eleitos teria um governo de turbulências pela frente, o que pode acarretar um problema econômico.
No início da corrida, o PSDB era visto como a via mais forte pelos analistas, pela força do partido em relação à vacina e pelo tamanho do colegiado eleitoral, que tem força para angariar votos. Contudo, as pesquisas ainda mostram o contrário. Dentro dos candidatos do PSDB, Eduardo Leite teria uma aprovação maior em relação a Doria, mas o governador de São Paulo teria mais chances contra Bolsonaro em um segundo turno.
Apesar disso, analistas afirmam que ainda é cedo, pois a corrida não começou oficialmente. Até agora, Lula e Ciro Gomes começaram a fazer propaganda eleitoral de fato. Isso é proibido pelo TSE, que cobrou explicações. Os candidatos afirmam que os vídeos são aleatórios e não configuram propaganda. Além disso, Eduardo Leite lançou vídeos em sua rede social, mas o TSE não questionou o gaúcho.
Depois de eleito o candidato do PSDB, o partido deve começar a fazer uma campanha institucional para apresentar, ao país, o candidato do partido.
