Sérgio Moro deve se filiar ao Podemos e concorrer em 2022

O ex-juiz Sérgio Moro deve se filiar ao partido Podemos para representar a terceira via em 2022. Além disso, o partido já marca atos para lançar a candidatura de Moro, buscando ser a liderança da terceira via. O partido deve anunciar no dia 10 de novembro.

Apesar disso, analistas alegam que isso pode não ocorrer, pela rejeição do ex-juiz por grande parte da esquerda e da direita. Por isso, a candidatura seria para mostrar o partido ao Brasil.

O histórico de Sérgio Moro

O ex-juiz Sérgio Moro ficou conhecido pela Operação Lava Jato. De responsabilidade da Política Federal, a operação fez busca e apreensões em mansões de grandes políticos do cenário nacional e também fez acusações fortes contra líderes do país. Na época, o ex-presidente Lula foi preso.

Com isso, Moro teve alta rejeição dos apoiadores dos governos petistas, onde acusou e prendeu diversos políticos famosos da sigla. Além disso, os desvios do PT dos cofres públicos somaram cifras bilionárias, devolvendo o dinheiro da corrupção à União. Por isso, o ex-juiz começou a abrilhantar os olhos da oposição.

Dessa forma, Bolsonaro convidou Sérgio Moro para ser Ministro da Justiça no seu governo. Tido como um dos maiores expoentes do combate à corrupção, Moro se uniu ao discurso de Bolsonaro contra a corrupção.

Apesar disso, o ex-ministro pediu para sair, alegando que Bolsonaro tentou intervir no comando da Polícia Federal, o que abre uma prerrogativa de que o atual presidente tenha feito atos de corrupção.

Sérgio Moro
(Photo by Andressa Anholete/Getty Images)

As críticas da oposição

Sérgio Moro, por outro lado, conta com grande rejeição da oposição petista e bolsonarista. Isso porque Moro atuou contra o PT e também deixou o atual governo “na mão”, segundo os apoiadores.

O ex-juiz acusou Lula de diversos crimes. Gradativamente, o STF retirou as acusações e invalidou as provas. Na prática, Lula não foi inocentado, mas as ações dificultam muito novas acusações contra o ex-presidente. Por isso, Moro foi tido como parcial pela esquerda brasileira, o que manchou a imagem do candidato.

Por outro lado, ao sair do governo, Bolsonaro e apoiadores começaram a criticar fortemente Moro. Isso porque ao levantar voz contra a corrupção, sair de um governo que teve essa bandeira causou grande entrave entre bolsonaristas e Moro.

Além disso, outros dois fatores atrapalham a candidatura. A primeira é que, após sair do governo, Moro foi para os Estados Unidos defender a consultoria que dá apoio jurídico à Odebrecht. A empresa foi uma das mais atacadas pela Lava Jato. Por outro lado, fica em aberto o aspecto econômico de um possível governo Moro: se o partido dialogaria com os centros, ou se tomaria medidas de esquerda ou liberais.

Apesar disso, Moro não deve se juntar a nenhuma sigla relevante, até o momento. Ciro Gomes, outro presidenciável, já fez severas críticas ao juiz. O PSDB, de Dória, faz prévias para candidatura própria e o partido Novo já lançou Amoedo, com isso, Sérgio Moro entra isolado na disputa.

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