Mesmo com chuvas, governo mantém taxa extra da conta de luz até abril

A conta de luz dos brasileiros continuará pesando no bolso pelo menos até abril. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou que a bandeira tarifária de escassez hídrica será mantida nos próximos meses, apesar das chuvas abundantes e do alto nível dos reservatórios.

A nova tarifa representa um acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Ela foi criada no ano passado como reflexo da pior crise hídrica enfrentada pelo país em 91 anos.

Com a falta de chuvas para gerar energia, o governo precisou acionar usinas termelétricas, elevando significativamente os custos de produção. O problema ficou tão grave, que em certo momento foi necessário importar energia de térmicas de países vizinhos.

Mas, mesmo com os reservatórios do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste estando em bons níveis, o governo manterá a taxa extra até abril. O medida visa compensar os gastos adicionais de cerca R$ 14 bilhões registrados durante o ápice da crise.

Bandeira para Tarifa Social

Somente as famílias inscritas no programa Tarifa Social pagarão mais barato na conta de luz. De novembro até os dias atuais, a bandeira amarela está em vigor para a população de baixa renda beneficiada pela iniciativa. Isso significa um custo de R$ 1,87 a cada 100 kWh consumidos.

A inclusão no programa ocorre de maneira automática, mediante análise dos dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Não é preciso procurar as distribuidoras ou fazer nenhum tipo de inscrição.

Quem pode solicitar a Tarifa Social

Veja quais famílias podem participar do programa:

  • Inscritas no Cadastro Único com renda familiar de até meio salário mínimo (R$ 606) por pessoa;
  • Inscritas no CadÚnico com renda mensal de até 3 salários mínimos (R$ 3.636), desde que tenha em sua composição um portador de doença ou deficiência cujo tratamento exija o uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que demandem consumo de energia elétrica;
  • Pessoa com deficiência ou idosos com 65 anos ou mais amparados pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC).
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