Mercado financeiro ‘balança’ por conta de variante do coronavírus

Desde o início de julho a moeda norte-americana se aproxima dos 6% de valorização; em pouco menos de um mês, o dólar passou dos R$ 4,90 para R$ 5,25. Já o Ibovespa, principal índice da B3, caiu mais de 3% nos últimos 30 dias.

Essas oscilações no mercado financeiro atendem, mais uma vez, pelo nome de coronavírus. O fator chave no momento é o avanço da variante delta, mais transmissível que cepas descobertas anteriormente e que vem fazendo aumentar casos na Europa e nos EUA.

A preocupação é com o risco de freio na retomada e de desaceleração do crescimento da economia mundial — principalmente no setor de serviços, que tem peso importante e emprega muito, mas depende da contenção da pandemia para se recuperar. Junto do fantasma de uma nova onda da Covid-19 (e novas restrições de circulação).

A desvalorização ante ao dólar, vale destacar, não foi exclusividade do real. Moedas como euro, libra e iene também tiveram desvalorizações sensíveis nos últimos dias como reação à preocupação com a continuidade da recuperação econômica em meio a um eventual recrudescimento da pandemia.

Dólar volta aos R$ 5?

Os economistas avaliam que, superada essa fase de oscilação por causa do receio da variante delta, é “factível” que o dólar retorne ao patamar em que estava no começo do mês, acomodado pela política monetária brasileira e por avanços na vacinação local, com expectativa de população adulta imunizada ao menos com a primeira dose no final de setembro.

Além disso, a volta a um cenário de dólar a R$ 5 depende também de mudanças que o suportem de forma consistente, como a reforma da previdência, trabalhista etc.

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