Lula critica política de preços da Petrobrás

Em sua rede social, o ex-presidente Lula disse nesta terça-feira (30) que, caso seja eleito, não manterá a atual política de preços da Petrobrás. Segundo ele, em diversas ocasiões, a troca no cálculo dos custos faz com que os combustíveis fiquem mais caros, especialmente em cenários de alta do dólar.

A fala foi feita através de uma entrevista à Rádio Gaúcha e, posteriormente, reforçada na sua conta pessoal do Twitter.

A alta dos preços e a fala de Lula

Os apontamentos de Lula vêm em um cenário de alta da gasolina e dos demais combustíveis, causado principalmente pela alta do dólar e da cotação do petróleo no mercado internacional. A gasolina, que já subiu mais de 48% no ano, é uma das principais responsáveis pela inflação no Brasil.

O gargalo inflacionário é uma das maiores críticas feitas pela oposição a Jair Bolsonaro, que busca explicar que o preço da moeda americana e do petróleo não são de sua alçada. Apesar disso, o consumidor sente no bolso as consequências e, claro, não gosta disso.

Digo em alto e bom som: nós não vamos manter essa política de preços de aumento do gás e da gasolina que a Petrobras adotou por ter nivelado os preços pelo mercado internacional. Quem tem que lucrar com a Petrobras é o povo brasileiro“, afirmou Lula em sua conta no Twitter. Vale lembrar que paridade internacional foi implementada em 2016 após a saída de Dilma Rousseff.

Apesar disso, Lula já reiterou que se for eleito em 2022, acabará com a modalidade de precificação. “Qualquer pessoa séria que ganhar as eleições não vai manter essa política de paridade de petróleo. Não é razoável“, completa. Ainda é importante lembrar que a política econômica do ex-presidente é pautada por uma maior intervenção do Estado na economia, buscando aliviar os preços às classes mais baixas.

Lula Petrobrás
Foto: FolhaPress | Reprodução

As pesquisas apontam

As pesquisas mostram que Lula ganha em todos os cenários em 2022. Contudo, analistas afirmam que ainda é cedo para afirmar que os dados são factíveis. Nessa semana, a Atlas lançou os resultados de uma pesquisa que dá 19% de popularidade a Bolsonaro. Em todos os cenários, o atual presidente perde a corrida eleitoral.

Dessa forma, a terceira via e Lula começam a despontar como os favoritos ao segundo turno. Apesar disso, ainda não se sabe se Moro ou Ciro Gomes estarão num possível enfrentamento contra Lula. As atuais pesquisas apontam Moro.

Isso porque o último levantamento do DataFolha mostra o petista com 44% das intenções de voto no primeiro turno. No mesmo resultado, Bolsonaro tem 26%. Contudo, Ciro Gomes aparece em terceiro devido à ausência de Sérgio Moro no questionário. Em um eventual segundo turno, Lula ganharia com 56% dos votos.

Dessa forma, a política de preços da Petrobrás tem se tornado fator importante para a eleição de 2022. Anteriormente a Lula, Ciro Gomes já havia afirmado sua intenção de seguir no mesmo caminho nessa pauta. Por outro lado, Bolsonaro não se coloca contra a medida explicitamente, mas as ações do governo mostram que ele é favorável à paridade internacional de preços.

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