Parece que o Ibovespa teve dificuldades para se recuperar nesse pregão de terça-feira, 5. Com uma alta de 0,2%, que indica lateralidade, o índice fica na casa dos 110 mil pontos.
Cenário externo tem fatos importantes que afetaram a oscilação do índice.
Não deu!
O Ibovespa não aguentou a pressão e ficou de lado no pregão dessa terça-feira. Após perder mais de 2% ontem, o índice teve uma leve subida de 0,2% hoje.
Com isso, o viés de queda segue. Da mesma forma que aconteceu em setembro, os três primeiros pregões do mês fecharam com uma queda. O índice até ensaiou um movimento em “V” após as 14h30, mas a alta não foi sustentada.
Os ruídos das offshore de Paulo Guedes e Roberto Campos Neto pesaram na cotação diária após o CAS aprovar o convite dos dois agentes econômicos do Brasil. Para saber mais, leia aqui.
Ruim foi o cenário externo
O que mais pesou no Ibovespa foi o cenário externo, com grande destaque às commoditties.
Para iniciar o show de horrores, o gás natural atingiu a maior cotação na bolsa de Nova York desde 2008. A cotação diária fechou em US$6,33, com um leve reajuste para baixo no final do pregão. Isso quer dizer que a inflação pode bater mais forte na Europa que, além de uma crise energética, deve olhar para a pressão dos preços agora.
A alta do gás natural chegou a bater a casa dos 10%. Apesar disso, a leve correção colocou a alta na casa dos 9%, o que não significa muita coisa, dado que a alta é muito mais relevante. A queda de produção de energia deve afetar a indústria e o crescimento do velho continente, o que afeta o mundo todo.
Gasolina mais cara?
Depois disso, os futuros do petróleo Brent fecharam em mais uma alta. Com a alta de cerca de 1,7% até o momento, a alta dos preços afeta diretamente o abastecimento do Brasil. Isso porque, segundo Luna e Silva, presidente da Petrobrás, segurar o preço da gasolina poderia causar desabastecimento. Por outro lado, para que tudo não paralise, ele prefere aumentar o preço da gasolina na bomba, que já cerca os R$7,00.
Por causa disso, a cotação de Petrobrás preferencial (PETR4) fechou em alta de 2,19%, mantendo sua alta desde 29 de setembro. Desde esse dia, a Petrobrás já subiu cerca de 8%, uma das poucas ações com viés de alta na bolsa brasileira.
Contudo, o ouro teve sua primeira queda em quatro pregões, com uma queda de 0,42%. Com a maior procura do dólar, devido ao aumento das taxas dos títulos do Tesouro dos EUA, a busca pelo dólar foi mais forte hoje.
Em relação ao real, o dólar fechou em alta também, fechando em alta de 0,63% desde o início de outubro. Dessa forma, é mais um item para pressionar a inflação por aqui, num mercado que já tem medo de estagflação e PIB perto de zero.
Destaque individual
Depois de ter mais um pedido de carros elétricos, a Embraer figurou entre as maiores quedas do Ibovespa.
Isso porque houve uma correção do preço do ativo, que já soma quase 200% de alta no ano, sendo um dos destaques da bolsa por aqui.
