Ibovespa cai novamente e vai contra o cenário internacional

O índice de ações brasileiras, o Ibovespa, operou pelo segundo dia seguido em queda, se descolando mais ainda dos pares internacionais. Por aqui, dados do IPCA-15 e do Caged atrapalharam a performance do índice. Lá fora, o otimismo em relação à covid fez os três índices fecharem em alta no último pregão antes do natal.

Além disso, o destaque do dia ficou para Marfrig, a maior alta dos ativos do índice. Embraer, dona da Eve, também fechou em alta. Do lado oposto, Méliuz e GetNet ficaram na liderança das perdas do dia.

O cenário nacional não animou o Ibovespa

A economia brasileira não anda muito bem e o Ibovespa reflete isso em suas cotações. Com isso, além de perder 11,75% desde o início do ano, o índice ainda precisa lidar com previsões ruins para o ano de 2022. Dessa forma, as quedas começam a ficar mais comuns e o cenário econômico precisa reagir para mudar a situação.

E foi exatamente o cenário econômico que prejudicou o andamento da maioria das ações brasileiras hoje. Os dados da prévia da inflação ficaram abaixo das expectativas do mercado, mas os números não deixam de ser má notícia. Com os preços subindo 0,78% no mês de dezembro, a inflação é a mais alta em seis anos, fechado em 10,42%. A gasolina novamente foi a vilã do índice, subindo mais de 3% no mês.

Por outro lado, uma notícia que sempre anima os investidores é quando o Caged vem positivo. E foi isso que o mercado viu hoje. No mês passado, o saldo de empregos formais na economia brasileira foi de 324.112 vagas, bem acima das previsões da Bloomberg, que previa uma abertura de empregos na casa das 216 mil vagas.

Com isso, o Ibovespa fechou em queda de 0,33% no dia. Com esse resultado, o índice tem uma perda de 2,16% na semana, entregando parte dos ganhos do mês. Desde o dia 1° de dezembro, o índice brasileiro tem alta de 4,09%.

Lá fora, o otimismo

Apesar do cenário nacional temoroso, o mercado abriu os olhos para os Estados Unidos. Por lá, a aprovação do Paxlovid pelo FDA animou e agora investidores acreditam no fim da pandemia já em 2022. Além disso, a promessa de conter a doença no ano que vem veio da OMS, em pronunciamento nessa semana.

Por lá, o índice Nasdaq operou em alta de 0,88%, que fechou em 15600 pontos, 400 abaixo da máxima histórica da bolsa de tecnologia. Além dela, o S&P 500 também mostrou otimismo, fechando em 0,62% de alta. Em terceiro lugar ficou o Dow Jones, que representa a velha economia, subindo 0,55%. Todos os índices tiveram leve correção no fim do pregão, com investidores realizando os lucros.

Um dos destaques do dia também foi o Bitcoin. A criptomoeda, que ficou de lado por 10 dias seguidos, operou em alta de 4,85%, fechando a R$288.193, a maior cotação desde 3 de dezembro. O movimento de alta também foi acompanhado pelo Ethereum, que subiu 4,55% no dia, fechando a R$23,309.

Por outro lado, a moeda americana assustou os investidores, batendo os R$5,72 durante o dia. Contudo, o fechamento foi em R$5,68, ainda em patamares altos. Com o fechamento de hoje, a moeda tem alta de 9,31% em 2021.

 

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