FMI diz que criptomoedas andam junto com ações

Um relatório do FMI apontou que os preços das criptomoedas têm forte correlação com o mercado de ações. Apesar disso, a entidade falou que nem sempre foi assim, mas que ao decorrer da pandemia, os dois ativos começaram a ter movimentos cada vez mais parecidos.

Na nota, o FMI destacou o tamanho do mercado das criptomoedas, que já passa dos trilhões de dólares. Ainda, o banco afirmou que esse tipo de investimento não está mais em segundo plano das maiores gestoras e corretoras do país.

São semelhantes, mas não são iguais!

Segundo o FMI, os ativos nem sempre foram com rentabilidades semelhantes. Tanto pela falta de conhecimento da maioria dos investidores, quanto pelo ceticismo do mercado em relação a esses ativos, os investidores não viam os fundamentos das moedas digitais, o que começou a mudar durante a pandemia.

Isso porque durante a crise do coronavírus, enquanto os mercados estavam caindo, as criptomoedas saltavam a retornos exorbitantes, o que chamou a atenção do mercado. Somente em 2021, o Bitcoin subiu mais de 59%, chegando a bater topos de 110% de rendimentos anuais. Apesar disso, a criptomoeda teve forte correção no mês de dezembro, o que fez a rentabilidade cair.

Contudo, o FMO notou que, a partir de abril de 2020, a correlação entre o Bitcoin e o S&P 500 ficou, cada vez mais, mais atrelado. Recentemente, analistas afirmaram que as quedas do Bitcoin ocorriam por conta da altas dos juros, encabeçada pelo FED. Esse é o mesmo motivo que fez os índices americanos operarem em queda nas duas primeiras semanas do ano.

A entidade ainda fez um gráfico, que comprova o posicionamento da equipe. Além disso, o FMI afirmou que a correlação não é apenas com os mercados americanos, mas também tem correlação com o andamento dos mercados emergentes, como o Brasil. O FMI fez a comparação com o índice MSCI Emerging Markets Index.

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Estudo do FMI aponta para correlação entre bitcoin e o S&P 500. Foto: FMI | Reprodução

Criptomoedas não ficaram de lado, diz FMI

O FMI ainda afirmou que as criptomoedas não estão na geladeira do mercado financeiro. Segundo a entidade, a nova onda de investimentos está ganhando o mundo, mas alertou para algo importante, que é a adoção das criptomoedas. Isso porque o fundo diz que a alta volatilidade das moedas digitais pode colocar em xeque as economias.

Esse recado, segundo o FMI, serve justamente para as economias com alta aceitação das criptomoedas. Por isso, há a recomendação de analisar e buscar meios de regulamentação das criptomoedas, estratégias globais de inserção desses ativos na economia, bem como supervisão para diminuir os riscos à estabilidade financeira dos países.

O FMI aponta que o novo desafio dos economistas é montar estratégias para se proteger da alta volatilidade desses ativos. Especialistas acreditam que os países devem começar a se posicionar, de forma mais efetiva, sobre a aceitação das criptomoedas. No Brasil, o governo ainda não se posicionou, mas há expectativas de uma tributação sobre as operações em criptomoedas. Por outro lado, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, deseja adotar o bitcoin como forma de pagamento.

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