Bitcoin ultrapassa marca de US$ 28 mil pela primeira vez no mês de junho

Bitcoin registra um aumento de 5%, alcançando US$ 28 mil, o maior valor em junho.

Na terça-feira (20), a criptomoeda líder de mercado, Bitcoin, registrou um aumento de cerca de 5% em seu valor, superando a marca de US$ 28 mil pela primeira vez em junho. Uma sequência de notícias favoráveis parece ter alimentado o otimismo dos investidores no universo das criptomoedas, impulsionando esse aumento.

Por exemplo, a bolsa de criptomoedas Gemini anunciou recentemente seus planos de expansão para Cingapura, um indicativo do interesse crescente na região do Sudeste Asiático pelo mercado de moedas digitais. Adicionalmente, a Fidelity, uma das gigantes globais em gestão de investimentos, introduziu sua própria bolsa de criptomoedas, contribuindo para uma maior adesão institucional às moedas digitais.

Ademais, a Black Rock, uma das principais empresas de gestão de investimentos a nível mundial, propôs um ETF Spot de Bitcoin, indicando que as maiores instituições financeiras estão começando a reconhecer cada vez mais o potencial do Bitcoin como um ativo de investimento válido.

Outro acontecimento favorável foi a solicitação de licença pelo Deutsche Bank para atuar como custodiante de criptomoedas.

Bitcoin começa a semana em queda e preocupa investidores

Alta do Bitcoin

Conforme dados do mercado, os chamados “holders”, investidores que conservam suas criptomoedas independentemente das oscilações do mercado, estão acumulando Bitcoin a uma taxa média de cerca de 42,2 mil BTC por mês. Este dado sugere que os investidores que são indiferentes às variações de preço estão retendo uma parte significativa da oferta disponível no momento.

O Bitcoin também superou a resistência de US$ 26.900, sugerindo uma tendência ascendente no preço. Espera-se que essa alta continue se houver uma consolidação efetiva acima dos níveis de resistência de US$ 27.200 e US$ 27.500.

Um ponto importante a destacar é que o Bitcoin está se aproximando da linha de tendência superior de seu canal de baixa, indicando uma possível recuperação. A perspectiva de um rompimento deste padrão poderia levar a um aumento potencial do preço até US$ 29 mil.

Comparando este comportamento com ciclos anteriores, notamos que esse padrão de acumulação lenta e constante iniciou-se há pouco mais de 2 anos, sugerindo que ainda podemos ter de 6 a 12 meses pela frente, segundo aponta o trader conhecido como @mysteryofcrypto.

Esses indicadores positivos mostram que, mesmo com a volatilidade do mercado, o Bitcoin permanece uma alternativa de investimento atrativa para muitos.

O recente crescimento no preço é um sinal de que a confiança dos investidores no Bitcoin mantém-se sólida, mesmo diante das flutuações do mercado. A postura otimista em relação à criptomoeda é fortalecida pelas ações de importantes instituições financeiras que continuam a reconhecer o Bitcoin como um legítimo ativo de investimento.

Lei das Criptomoedas entra em vigor

A partir da terça-feira, 20 de junho, o Marco Legal das Criptomoedas entra em vigor no Brasil. Esta legislação, sancionada em dezembro do ano anterior pelo então presidente Jair Bolsonaro, visa regular o ambiente de negociação de criptomoedas como o Bitcoin e Ether.

As novas medidas, baseadas nas leis do mercado financeiro ajustadas à realidade dos ativos digitais, buscam aumentar a segurança sob a supervisão do Banco Central. A instituição será responsável por monitorar o setor, que engloba corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.

Um caso recente envolvendo criptomoedas teve como vítima Gustavo Scarpa, ex-jogador do Palmeiras, que sofreu um golpe de uma consultoria do setor resultando em perdas de R$ 6,3 milhões. Anteriormente, o retorno prometido era de um lucro mensal de 5% com garantia em contrato por investimento em criptoativos.

Agora, com o Marco Legal das Criptomoedas em vigor, as transações e negociações são respaldadas legalmente, auxiliando no combate a práticas criminosas envolvendo criptoativos, como fraudes e lavagem de dinheiro. Conforme o artigo 171 do Código Penal, que será expandido para abranger moedas digitais, a pena para estelionato varia de quatro a oito anos.

O texto legal define a fraude como: “organizar, gerir, ofertar ou distribuir carteiras ou intermediar operações que envolvam ativos virtuais, valores mobiliários ou quaisquer ativos financeiros com o objetivo de obter vantagem ilícita, prejudicando terceiros, induzindo ou mantendo alguém em erro, por meio de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento”.

Perfil dos criptoativos

Criptomoedas como Bitcoin e Ether são inteiramente digitais. Estas e outras moedas similares operam por meio da tecnologia de blockchain e criptografia para assegurar a autenticidade das transações e para regular a criação de novas unidades.

Outro ativo que será abrangido pela nova regulamentação é o Dogecoin, famoso por ser a “criptomoeda meme“. Sendo bastante suscetível a variações especulativas, essa moeda ganhou notoriedade em 2021, quando chamou a atenção de Elon Musk.

O magnata revelou naquele ano ter adquirido a criptomoeda. Adicionalmente, o logo do Twitter foi substituído pela imagem do cão que simboliza a moeda digital no ano passado, fato que levou a um aumento de 33% no valor do ativo.

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