Se você investe em renda fixa, já deve ter ouvido a sigla FGC, mas nunca deve ter dado importância para ela. Mas saiba que essas três letras podem representar uma segurança forte na hora de investir. Isso porque o Fundo Garantidor de Crédito é extremamente fundamental na hora que as instituições financeiras passam por perigos.
Por isso, saber do que se trata e como se beneficiar disso é fundamental para fazer as escolhas certas na hora de investir.
FGC: o Fundo Garantidor de Crédito
O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) é uma associação privada, sem interferência pública, que monitora e assegura os valores caso uma instituição financeira venha a falir. Por isso, ela cobre o pagamento de alguns títulos de renda fixa no mercado para quem investiu na empresa.
Hoje o FGC conta com 231 empresas parceiras, todas do setor financeiro. Esporadicamente, essas empresas dão dinheiro ao FGC para que ele consiga cumprir suas obrigações próprias e que também ele consiga ter caixa para casos em que precisar ser acionado.
Dessa forma, caso uma empresa venha a falir e você tem investimentos nela, o FGC vai pagar para você o que você tinha lá. Isso é uma forma muito sólida de assegurar ao investidor que ele receberá o dinheiro de volta.
As condições
Porém, o Fundo Garantidor de Crédito não sai espalhando dinheiro por aí. Por isso, o FGC tem algumas condições para a devolução do dinheiro, o que você deve saber a partir de agora. As condições devem ser respeitadas sempre, segundo as normas da própria associação.
O FGC cobre R$250 mil por CPF em título de cada conglomerado financeiro. Ou seja, digamos que você tem R$200 mil investidos em um CDB do Itaú pela XP, e R$300 mil em outro CDB Itaú pela Rico. Dessa forma, caso o Itaú venha a falir, você receberá apenas R$250 mil. Contudo, se você tem dois CDB de emissores diferentes, o CDB cobre R$250 mil para cada CDB no seu CPF. O valor máximo dessa jogada é de R$1 milhão por CPF, ou seja, o FGC cobre títulos de 4 instituições financeiras por pessoa.
O que é coberto pelo FGC?
Para resumir, podemos dizer que tudo que é emitido por empresa privada é coberto pelo FGC. Essa generalização funciona em 90% dos casos. Isso porque as Letras Financeiras (LF) não tem a cobertura do FGC.
Dessa forma, sempre que você investir em CDB, RDB, LC, LCI, LCA, LH, Operação Compromissada, depósito à vista e poupança, você tem a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito. E nessa hora vale lembrar que o Tesouro Direto não tem proteção do FGC. Isso porque o papel é de emissão do Governo Federal, o que é uma proteção maior que o FGC, por sinal.
Por isso, na hora de tomar a decisão de onde investir na renda fixa, é importante olhar as métricas para sempre ficar dentro do FGC. Com isso, você tem uma proteção a mais na hora de investir.
