Eletroeletrônicos: Aumento de 13% nas vendas de dispositivos fabricados no país no primeiro semestre

Durante esse período, foram vendidas 44,02 milhões de unidades.

Eletroeletrônicos – A comercialização de dispositivos eletrônicos fabricados nacionalmente no primeiro semestre de 2023 apresentou um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando a venda de 44,02 milhões de unidades. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) nesta segunda-feira (10 de junho).

Essa elevação nas vendas representa uma interrupção de um ciclo negativo de 18 meses consecutivos de queda na indústria, conforme destacado pelo presidente executivo da Eletros, Jorge Nascimento. Ele também afirmou que, caso o desempenho do setor se mantenha dentro da média histórica no segundo semestre, é possível esperar um crescimento anual entre 4% e 6% em relação a 2022.

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Juros Altos

No entanto, Nascimento ressaltou que os juros altos ainda são um dos principais obstáculos para a recuperação das vendas no setor de eletroeletrônicos. Com a taxa básica de juros (Selic) atualmente em 13,75% ao ano, o comércio de produtos de grande porte, como geladeiras, televisores, fogões e máquinas de lavar roupas, que são geralmente adquiridos por meio de financiamento, é particularmente afetado.

Nascimento enfatizou a importância de reduzir os juros, considerando a estabilidade da inflação, dos custos das matérias-primas e do frete. Ele destacou que o acesso difícil e o custo do crédito prejudicam tanto a indústria quanto o varejo.

Vendas

No primeiro semestre de 2023, a fritadeira a ar, conhecida como air fryer, foi o produto de eletroeletrônico que registrou o maior crescimento nas vendas, com um aumento de 85% em comparação com o mesmo período de 2022. Em seguida, a linha branca, composta principalmente por geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupas, teve um aumento de 4% nas vendas durante os primeiros seis meses de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior.

As vendas de aparelhos de ar condicionado apresentaram um aumento de 16% em comparação com o primeiro semestre de 2022. Já as vendas de televisões registraram um crescimento de 19% no primeiro semestre de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado.

A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) afirmou que esses resultados podem representar uma reviravolta nas expectativas da indústria, desde que se mantenham no segundo semestre. O presidente executivo da Eletros, Jorge Nascimento, destacou que estão avaliando se esses bons resultados indicam uma tendência ou se estão relacionados à reposição de estoques pelos varejistas.

Os brasileiros estão percorrendo distâncias superiores a 70 km em suas viagens para adquirir roupas e produtos eletrônicos.

Segundo a pesquisa Regiões de Influência das Cidades (Regic), os brasileiros percorrem uma média de mais de 70 quilômetros para comprar calçados, roupas, móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Os dados utilizados são do ano de 2018 e foram fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo revela que muitos brasileiros precisam se deslocar de sua cidade para adquirir esses produtos em municípios vizinhos. A média de deslocamento para a compra de roupas e calçados é de 78 km, enquanto para a compra de eletroeletrônicos e móveis, a média é de 73 km.

De acordo com Bruno Hidalgo, gerente da pesquisa, o objetivo é auxiliar os gestores no planejamento do deslocamento das pessoas durante a pandemia da Covid-19. Durante esse período, as cidades que são destinos frequentes para compras podem enfrentar uma redução nas vendas devido à menor presença de consumidores.

As distâncias percorridas variam de estado para estado. No Amazonas, por exemplo, os consumidores chegam a percorrer até 388 km para comprar eletrônicos e móveis, e 342 km para adquirir itens de vestuário. Em contraste, em Santa Catarina, os deslocamentos são de apenas 33 km para eletrônicos e móveis, e 36 km para vestuário.

A pesquisa também identificou as aglomerações urbanas que mais atraem compradores de outros municípios. São Paulo, Goiânia, Belo Horizonte, Fortaleza e Belém se destacam como principais polos de atração para residentes de outras localidades que desejam realizar compras nesses segmentos.

 

 

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