Dados do Caged animam: Brasil criou empregos
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) animaram a economia brasileira hoje pela manhã.
Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, o país gerou 372.625 empregos no mês de agosto.
Oitavo mês de alta
Com os dados divulgados pelo Caged, o Brasil emplaca o oitavo mês consecutivo de criação líquida de empregos.
Resultado de 1.810.434 admissões e 1.438.169 demissões, o Brasil volta, ainda que abaixo das expectativas, a retomar a sua economia. Apesar disso, as previsões para a economia brasileira não estão boas.
Dessa forma, os dados positivos não representam um cenário bom, dado que o desemprego ainda afeta 14% da população, o que impede um PIB maior, por exemplo.
Das regiões estudadas, todas tiveram saldos positivos, com destaque à região Sudeste, que apresentou o maior aumento de empregados. Por outro lado, a região Norte ficou em último lugar.
Nos dados do emprego, o Brasil já criou, nesse ano, 2.203.987 empregos e, mesmo que isso não signifique uma retomada da economia, já é um alento para quem não tinha renda.
As previsões para a economia
O mercado financeiro não está muito otimista com a economia nacional e o Caged não conseguiu mudar essa opinião.
Isso porque as expectativas para a inflação já ultrapassam os 10% e algumas gestoras já colocam a taxa Selic acima de 9,5% para o início do ano que vem.
Além disso, segundo o Boletim Focus dessa semana, a previsão para o PIB de 2022 vem gradualmente caindo, já ficando abaixo do patamar dos 2%.
Com isso, uma recuperação econômica não viria nos próximos dois anos, seguindo a tendência do Brasil, nos últimos 10 anos, de crescimentos pífios e manutenção da economia em seu estágio de latência.
Apesar disso, uma corrida eleitoral se aproxima, o que pode gerar mais empregos e dados positivos. A discussão do teto de gastos e dos precatórios podem impulsionar a economia, na medida em que o Auxílio Brasil seja consolidado.
Contudo, a reforma do IR parece ter grande importância para o Senado, que pode travar as negociações, depois de uma leve tensão entre os poderes.
Em decorrência disso, o índice da bolsa de valores opera em queda no mensal de setembro, em queda de mais de 6%, até o momento.
Vale lembrar que quase 50% da liquidez da bolsa nacional é dada por investidores internacionais, então isso reflete diretamente a visão do mundo com a economia do Brasil.
Somado a isso, a alta internacional de juros vai afetar a arrecadação do Governo Federal, que terá que se virar para cumprir suas obrigações sem furar o teto de gastos. Apesar disso, não há previsão de furo.
Além disso, o mercado financeiro ainda aguarda os estímulos do FED e o término dos projetos no Legislativo para aprimorar suas previsões.
Como informamos massivamente por aqui, estamos em um momento de transição na economia nacional.
Bons investimentos!