Crise energética no mundo coloca economia em alerta

Não é só o Brasil que está em alerta por causa da possibilidade de apagões. China e Europa também já começam a dar sinais de crise energética.

Apesar disso, as causas são diferentes, mas as consequência são igualmente preocupantes.

No Brasil

Por aqui, a falta de chuvas é a principal causa da crise energética no Brasil. O alto índice de desmatamento e a falta de chuva, juntos, colocaram os níveis dos reservatórios lá embaixo.

Por isso, as usinas hidrelétricas, como Itaipú, operam abaixo de suas capacidades médias. Alguns reservatórios já estão em estado crítico.

Além disso, as usinas termelétricas parecem não dar conta da produção necessária. Somando a baixa capacidade dessas usinas e a utilização tardia desse meio de produção, o Brasil corre um risco real de apagão.

Por isso, uma nova bandeira tarifária foi aplicada ao consumidor, o que não parece segurar o consumo de energia.

Na Europa

Por lá, a crise energética não se deve à agua, mas sim ao gás natural.

Utilizado para a produção de energia e para o aquecimento doméstico no continente, o preço da commodity subiu exponencialmente, com o ritmo de vacinação avançado e a volta gradual das atividades econômicas.

Apesar disso, a produção é altamente dependente do gás natural que, quando fica encarecido, tem os mesmos efeitos que a água aqui: encarecimento geral de uma economia, o que gera pressão inflacionária.

Além disso, um aumento da energia elétrica afeta o custo de produção das indústrias exportadores que, com um custo de produção mais caro, vendem menos produtos e por mais dinheiro. Isso afeta o Brasil na medida em que exportamos bens do velho continente.

Desde o início de 2021, o preço do gás natural no mercado financeiro subiu 116,15%, refletindo de diferentes formas nos países europeus.

Segundo dados do Independent Commodity Inteligence Services, o preço do gás natural subiu 119% na Alemanha e 149% na França.

Somado a isso, a energia eólica do país produziu abaixo do esperado, o que demanda maior utilização de gás natural. No caso do Reino Unido, soma-se a isso, também, a falta de caminhoneiros para abastecer os postos.

Na China, mais um problema

Além da Evergrande e sua dívida bilionária e a proibição do Bitcoin, a China está sob os olhos do mercado por outro motivo: a crise energética também chegou por lá.

Apesar disso, a causa não é nem a água, nem o gás natural, mas sim o carvão.

Criticada pelo mundo todo por utilizar o combustível fóssil para produzir sua energia, a China vem gradativamente buscando ser mais verde, para se adequar às normas internacionais.

Contudo, as empresas por lá parecem não conseguir se adequar às novas fontes energéticas, o que está causando ruídos na economia.

Com a retomada da economia, a China precisou aumentar sua produção de energia via carvão, mesmo tendo colocado restrições a diferentes partes do país para isso. Por outro lado, o preço do carvão no mercado subiu mais de 10% nos últimos dias, o que afeta diretamente os custos de produção.

Por isso, a consequência de aumento generalizado dos preços e a pressão inflacionária no mundo todo também serão vistos.

Para piorar, algumas partes do país já tem ocorrências de apagão.

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