Banco Caixa disponibilizará linha de crédito para compra de carro

Rita Serrano declarou que a Caixa está avaliando maneiras de aprimorar a linha de crédito já disponível para aquisição de automóveis. Veja mais detalhes!

Compra de Carro – O Governo Federal declarou que os automóveis com valor até R$ 120 mil terão seus impostos reduzidos, ocasionando uma diminuição de aproximadamente 10,96% no preço. Dessa forma, de acordo com o segmento automotivo, os veículos populares poderão novamente ter seu preço inferior a R$ 60 mil.

Nesse contexto, Rita Serrano, presidente da Caixa Econômica Federal, declarou que o banco está avaliando maneiras de aprimorar a linha de crédito existente para a compra de carro. Com isso, a instituição tem a intenção de expandir o serviço, disponibilizando o financiamento inclusive para aqueles que não são clientes da Caixa.

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Empréstimo para Veículos na Caixa

A presidente da Caixa, Rita Serrano, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, tiveram uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a apresentação periódica de contas ao líder do Executivo e ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Ainda que a compra de carro não tenha sido o assunto discutido no encontro com Lula, Serrano mencionou que a questão está sendo internamente avaliada pela instituição bancária, com o intuito de aprimorar o produto. Ela ressaltou que o banco já possui uma operação ativa de financiamento para compra de carro.

Juros Bancários

Rita Serrano, presidente da Caixa, reforçou a estratégia de preços implementada pelos bancos públicos do Brasil, salientando que a instituição tem se empenhado para oferecer as taxas de juros mais baixas possíveis, dentro das normas regulatórias, para evitar prejuízos nas operações.

Adicionalmente, a executiva ressaltou que, com a taxa de juros estabelecida pelo Banco Central em 13,75%, não é possível fazer uma redução adicional, visto que já estão sendo aplicadas as taxas mais baixas dentro do possível.

Com o receio de um crescimento na inadimplência, os bancos estão restringindo a concessão de financiamentos para compra de carro no Brasil

A taxa de inadimplência teve uma leve alta no Brasil, país onde um terço de todos os veículos novos é financiado.

De acordo com a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), os contratos com atrasos superiores a 90 dias representam 6,2% do total de financiamentos de compra de carro em 2023, incluindo Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e leasing. Isso representa um aumento de 1,3% em comparação ao ano anterior.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em 2023, sete de cada dez pedidos de financiamento para compra de carro, sejam eles novos ou usados, foram negados.

No Crédito Direto ao Consumidor (CDC), modalidade em que o cliente adquire um empréstimo bancário para a compra de carro, a inadimplência está em 5,5%.

Já no leasing, formato em que o banco disponibiliza a compra de carro mediante um contrato de arrendamento, a inadimplência é de 3,3%, segundo o Banco Central.

De acordo com Paulo Noman, presidente da Anef, a possibilidade de inadimplência do brasileiro tem tornado os bancos e instituições financeiras mais prudentes. A maior seletividade na aprovação do crédito também está relacionada a ocorrências de fraudes em financiamentos.

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Além do risco de inadimplência, a conjuntura atual do país também interfere na concessão de novos financiamentos.

“A permanência da taxa Selic em 13,75%, a instabilidade econômica e a constante alta nos preços têm intimidado e distanciado potenciais clientes”, declara Noman.

Conforme a Anef, as vendas de carros novos à vista correspondem a 61% do total, tendo as locadoras como principal impulsionadora. Os financiamentos representaram 34% das vendas no período. Ao todo, R$ 47 bilhões foram liberados por bancos e instituições financeiras, uma alta de 5,2% em relação ao ano anterior.

Para Noman, tornar os financiamentos mais acessíveis depende de uma série de fatores, como a situação econômica do país e novas medidas governamentais para garantir veículos mais acessíveis.

“O brasileiro não quer um carro menos seguro e com menos tecnologia, mesmo que seja tão barato quanto os antigos carros básicos”, afirma o executivo. “O governo precisa assegurar que o carro se torne mais acessível sem prejudicar a qualidade do produto”, acrescenta.

A respeito da taxa de juros, que impacta diretamente nos financiamentos de carros, Noman vê uma possibilidade de melhoria. “O mercado percebe espaço para uma futura redução da taxa Selic, porém essa redução ainda não iniciou”, afirma.

 

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