Bitcoin cai ainda mais no final de semana

Depois de cair mais de 10% na sexta-feira, o bitcoin continuou operando em queda no final de semana. No sábado, a criptomoeda fechou em -3,80%, enquanto no domingo operou uma leve alta de 0,85%. Com esse resultado, a moeda digital mais famosa do mundo alcançou a marca de R$193 mil reais, o menor patamar desde 26 de julho do ano passado. Contudo, apesar das quedas, analistas afirmam que, graficamente, a moeda parece que vai recuperar o fôlego para novas subidas em breve.

Apesar disso, é importante avisar que o ativo é de alto risco e não há qualquer certeza sobre os rumos da moeda. Por outro lado, grandes gestoras já utilizam o bitcoin para diversificar os investimentos e diminuir o risco total. A maioria dos gestores afirma que não coloca mais de 5% dos valores na criptomoeda.

Bitcoin despencou e ainda não se recuperou

A maior criptomoeda do mundo despencou na sexta-feira. Com notícias que não agradaram os investidores, o valor de mercado do bitcoin caiu 10% em um dia, e seguiu caindo durante todo o sábado. Isso porque o Banco Central da Rússia decidiu proibir a mineração e a comercialização de criptomoedas no território do país.

Com a notícia, os investidores se preocuparam. Isso porque a Rússia é a terceira maior mineradora de criptoativos do mundo, além de representar um mercado enorme de troca, com mais de 140 milhões de habitantes. Apesar disso, a notícia não surpreendeu analistas. Isso porque a Rússia tem trocas comerciais próximas com a China, país que também decidiu pela proibição das criptomoedas em seu território. Para isso, a justificativa do governo russo é a de que a moeda pode atrapalhar o sistema econômico do país. Contudo, especialistas afirmam que, na verdade, Putin quer barrar possíveis financiamentos ilícitos da oposição, principalmente em protestos e atentados.

Mesmo com a queda, o bitcoin está se provando no tempo como uma excelente forma de trocas comerciais. Com El Salvador adotando a moeda como oficial, a cripto vem ganhando espaço como forma de pagamentos em outros países também. Atualmente, empresas do Vale do Silício prometem salários em bitcoin para novos profissionais.

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Foto: Shutterstock

O prejuízo é grande

Segundo a plataforma CoinGlass, com a queda do bitcoin na sexta-feira e no sábado, traders que operam alavancados perderam mais de US$900 milhões. Desse valor, US$336 milhões foram na própria moeda, US$356 milhões em Ethereum e US$22 milhões em Solana. Isso porque há, além da notícia da Rússia, temores com a alta de juros do FED.

Isso porque a inflação nos Estados Unidos fechou no maior patamar em quase 40 anos. Com isso, o banco central do país precisará aumentar as taxas de juros, o que faz com que a dívida pública americana renda mais. Dessa forma, investidores passam a buscar por ativos de menor risco, o que gera a venda de bitcoins e outras moedas

Além disso, o FMI apontou que o bitcoin tem forte correlação com as bolsas americanas. Em especial, destaca-se a forte correlação com as empresas de tecnologia, representadas pelo índice Nasdaq. Dessa forma, a queda da Netflix, que caiu mais de 20% na sexta-feira, também afetou o preço da criptomoeda.

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