Agenda da semana: o que movimentará o mercado
O mercado financeiro depende das notícias dos governos para fazer suas previsões, e isso ocorre com a agenda da semana. De olho em todos os movimentos dos grandes dirigentes, o mercado vai olhar para o cenário internacional.
Por isso, olho nos Estados Unidos e na Europa para saber como essas economias vão responder à ameaça de estagflação.
Estados Unidos
A agenda da semana começa com movimentos importantes nos Estados Unidos. Isso porque os bancos começarão a temporada de resultados trimestrais.
Por lá, JP Morgan e outros grandes bancos lançarão seus demonstrativos e os grandes gestores começam a acompanhar de perto essas instituições. Isso porque eles são fundamentais para uma retomada da economia, na medida em que emprestam dinheiro aos sistemas que geram empregos.
Wells Fargo (WFCO34), Bank Of America, JP Morgan, BlackRock e Citigroup estão na lista dos bancos que emitirão seus resultados. Depois de surpreenderem no primeiro semestre do ano, o resultado trimestral deve esfriar.
E por falar em economia, a ata da reunião do banco central americano, o FED, será lançada ao mercado e, ao contrário do que normalmente ocorre, pode surpreender. Isso porque a entidade dará mais detalhes sobre a diminuição da compra de títulos públicos que divide o conselho.
Além disso, na quarta-feira os EUA lançam os dados da inflação ao consumidor, o IPCA deles. A inflação por lá ainda é alta (passa dos 5%) e há um temor do futuro da economia americana. O mercado espera uma alta de 0,3%, o que anualizando daria 5,3%. Na quinta a inflação é ao produtor, e na sexta os resultados do varejo dos EUA.
Focus
No Brasil, a agenda da semana começa com o Boletim Focus, que agrega as perspectivas dos economistas para a economia nacional.
Dados como a inflação, PIB, câmbio e taxa de juros são mensurados para saber como o mercado está esperando as decisões do governo. A medida vem em meio a disputas e discussões no Legislativo sobre precatórios, Auxílio Brasil e discussão de orçamentos, principalmente após Bolsonaro vetar a distribuição de absorventes.
Dessa forma, essa pauta, inclusive, deve voltar ao Congresso para nova discussão e apreciação, o que pode movimentar o cenário político na semana. Vale lembrar que o governo tenta uma aproximação com as classes de menor renda, visando uma transferência de renda para impulsionar a economia. Contudo, a oposição vê isso como medida eleitoreira.
Briga no FMI
A agenda da semana também contempla uma reunião marcada por suspeitas e brigas no âmbito mundial. Nessa semana, o FMI e o Banco Mundial discutirão a economia global e a pandemia. O imposto global não deve ficar de fora.
Apesar disso, o que chama a atenção do “papo” é que a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, é acusada de mascarar dados em favor da China. Dessa forma, o conselho do órgão está investigando o caso e decidirá se ela se manterá no cargo.
Além disso, no âmbito europeu, o Reino Unido lançará os dados de desemprego e o PIB do mês de agosto para a economia inglesa.
Bons investimentos!