Crescimento da economia da América Latina será menor em 2022, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu suas previsões de crescimento econômico em 2022 para a economia da América Latina, citando a combinação de inflação, uma política monetária mais apertada e uma estimativa de crescimento mais baixa para os Estados Unidos como determinantes para os rebaixamentos.

O FMI cortou suas expectativas de crescimento para o México e o Brasil em 1,2 ponto percentual cada, para 2,8% e 0,3%, respectivamente, enquanto a estimativa para a América Latina e o Caribe foi diminuída em 0,6 ponto percentual, a 2,4%.

O Fundo disse que o México será afetado um pouco pelas mesmas forças de mercado, agravadas por uma queda esperada no crescimento da produção nos Estados Unidos, seu parceiro de negócios mais importante.

Crescimento econômico no resto do mundo

A instituição também reduziu suas previsões para Estados Unidos, China e a economia global, e disse que a incerteza sobre pandemia, inflação, interrupções na oferta e aperto monetário dos EUA representam mais riscos.

O FMI disse que a rápida disseminação da variante Ômicron levou a novas restrições de mobilidade em muitos países e aumentou a escassez de mão de obra, enquanto as interrupções no fornecimento estão alimentando a inflação. A expectativa é que a Ômicron pese sobre a atividade econômica no primeiro trimestre, mas abrande depois, uma vez que está associada a casos menos graves, disse o FMI.

Espera-se que o crescimento global desacelere para 3,8% em 2023, ainda assim aumento de 0,2 ponto percentual em relação à previsão de outubro, disse o FMI, que, contudo, ponderou que o delta positivo é em grande parte mecânico após os atuais obstáculos ao crescimento se dissiparem no segundo semestre de 2022.

No geral, a pandemia agora deve resultar em perdas econômicas acumuladas de 13,8 trilhões de dólares até 2024, em comparação com o prognóstico anterior de 12,5 trilhões de dólares, escreveu Gopinath, antes economista-chefe do FMI.

A organização cortou sua previsão de crescimento dos EUA em 1,2 ponto percentual, devido ao fracasso do presidente norte-americano, Joe Biden, em aprovar um pacote maciço de gastos sociais e climáticos, aperto mais cedo que o esperado da política monetária do país e contínua escassez de oferta.

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