Reserva de emergência: a Selic afeta?
Com o aumento da Selic, é mais comum que a reserva de emergência ganhe um impulso nos rendimentos.
Apesar disso, os rendimentos não devem ser o forte.
O que é a reserva de emergência?
Reserva de emergência é o valor que você guarda para despesas inesperadas, como saúde, problemas no automóvel ou algum problema em estruturas de sua casa.
De acordo com especialistas em investimentos, essa carteira deve conter os valores dos seus rendimentos mensais multiplicados por 6 ou 12, de acordo com a sua segurança.
Se você tem um emprego mais seguro, como cargos públicos ou já tem anos de experiência na sua empresa, 6 meses pode estar de bom tamanho. Agora, se você recém conseguiu um emprego, está no início da carreira ou tem um negócio próprio, a meta é guardar por 12 meses.
Além disso, por ser um dinheiro que não pode ser perdido, ele deve estar 100% em renda fixa, para não incorrer o risco de perder valores, principalmente na hora em que você mais precisa.
Onde investir?
Na reserva de emergência, o ideal é investir em algo atrelado ao CDI.
Por isso, uma conta digital no Nubank, por exemplo, ou um fundo de investimentos em renda fixa de baixo prazo de liquidação podem ser excelentes opções.
É importante que você evite CDBs de prazos anualizados ou Letras de Câmbio ou Financeiras que têm carência mínima. Esses títulos, apesar dos rendimentos melhores, não podem ser resgatados a qualquer momento.
A facilidade em reter o dinheiro e a praticidade de acesso são fundamentais na reserva de emergência.
Além disso, atrelar a sua reserva de emergência à inflação pode não ser simples e, por isso, também não é recomendado.
Mesmo com a segurança, alguns serviços como o PicPay, às vezes, oferecem rendimentos acima do CDI com liquidez diária, como 120% operados nas contas correntes da instituição. O 99 Pay e o Mercado Pago já trabalham com 200% do CDI e liquidez diária.
Mesmo assim, nesses casos, é importante não guardar todos os ovos em uma cesta só. Melhor prevenir que remediar!
Os aumentos da Selic afetam?
A resposta é não! Isso porque a reserva de emergência não foi feita para ter rendimentos, mas sim, segurança.
Dessa forma, claro que é bom para o poupador receber mais juros nos seus valores, quaisquer que sejam, mas não é a hora de fazer loucuras na renda fixa por causa de uma taxa mais alta.
Por isso, na reserva de emergência, a única tarefa do investidor é fazê-la. Não há alterações na alocação, não há títulos com carência, nem nenhuma outra aventura.
Deixe para analisar outras opções de investimentos quando a sua reserva estiver pronta. Apenas depois disso é recomendável que se comece no mercado de ações, se assim o seu perfil permitir.
A reserva de emergência é sempre o passo inicial, mas apesar disso, é o mais pulado pelos investidores.
Mexer com dinheiro se trata de tranquilidade, não de rendimentos.
Bons investimentos!