Selic aumenta para 6,25% e novo aumento está previsto

O Banco Central do Brasil elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 5,25% para 6,25%, conforme as expectativas do mercado.

Além disso, um novo aumento de 1 ponto percentual está previsto para a próxima reunião.

Porque aumentou?

O aumento da Selic é mais um esforço do Banco Central para conter a alta da inflação e evitar um choque de demanda na economia.

Isso porque com uma inflação alta e uma possível taxa de juros baixa, a economia tende a manter-se em crescimento, acelerando ainda mais a inflação. Com um cenário desse, as famílias de renda mais baixa sofrem mais com os reajustes de preços.

Por isso, juntamente com os programas do ministério da Economia em relação ao teto de gastos, a alta da Selic vem para frear a economia.

Mesmo que isso cause uma diminuição no crescimento do Brasil, a quinta maior previsão para a América Latina, a medida evita uma maior concentração de renda, consequência de inflações altas.

A medida veio de acordo com o mercado, que via as falas de Roberto Campos Neto em reuniões feitas semana passada com investidores.

Desemprego e PIB

O Banco Central ainda divulgou em nota que acredita que esse patamar da Selic é o adequado, para o momento, para garantir a sustentação da economia.

Apesar do aumento, o BC acredita que esse nível ainda é capaz de fomentar a geração de emprego, para mitigar o índice de 14 milhões de desempregados. Por isso, nos próximos 45 dias, o Banco Central deu a entender que acredita na geração positiva de empregos na economia.

Por outro lado, o aquecimento da economia, ainda que menor, está em patamares satisfatórios para a entidade. Segundo nota, a atual permite que “o Comitê obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques”.

Selic
[Foto: Pexels – reprodução]

Vai aumentar mais

Ainda no comunicado do Banco Central, um novo aumento da taxa Selic está previsto para outubro, quando o COPOM fará uma nova reunião.

O mercado reiterou sua previsão de mais um aumento de um ponto percentual e a nota do COPOM confirma isso. Segundo o comitê, no “atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante”.

Isso porque a inflação já ultrapassa -e muito- o teto da meta de inflação estipulada no início do ano de 2021. Devido aos choques da pandemia, a alta do dólar e agora a variação dos preços das commodities afetaram os custos das empresas, que empurrou os preços para cima nas prateleiras.

O mercado mantém, ainda, a sua previsão para uma Selic na casa dos 8,25% no final do ano, acima das previsões iniciais do ano.

Com isso, os fundos de renda fixa devem continuar captando valores maiores que fundos de renda variável, seguindo tendências atuais dos investidores.

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