Real perde 31,3% do poder de compra em cinco anos

A população brasileira não tem muito o que comemorar nos últimos anos. Isso porque o real acumula uma forte desvalorização de 31,32% nos últimos cinco anos. Em outras palavras, o dinheiro que as pessoas tinham em 2017 vale bem menos do que agora, em 2022.

Entre março de 2017 e março de 2022, a perda do poder de compra da população foi tão grande, que correspondeu a quase um terço do valor que possuíam. Por exemplo, uma pessoa que tinha R$ 100 conseguia comprar um produto que custava R$ 100 em 2017. Contudo, só conseguirá pagar dois terços deste valor em 2022.

Em resumo, o que fez o poder de compra do real despencar foi a inflação cada vez mais elevada. A saber, inflação se refere ao aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços. Isso quer dizer que, quanto mais elevada a inflação, mais alto o custo de vida da população. E o brasileiro vem sofrendo com uma inflação anual com dois dígitos há meses.

Esse cenário afeta os mais pobres de maneira mais acentuada. A cesta básica do país, contendo 13 itens essenciais, já compromete mais da metade do salário mínimo em pelo menos 11 capitais do país. Ao mesmo tempo, o gás de cozinha está equivalendo quase 10% do salário mínimo vigente. Estas são as despesas mais sentidas pelos mais pobres.

Por sua vez, a população com faixas de renda mais elevadas sentiram mais fortemente os reajustes nos preços dos transportes, com destaque para o aumento da gasolina.

Juros sobem, mas inflação não cai

Nesta quarta-feira (4), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou pela décima vez consecutiva a taxa básica de juro da economia brasileira. Em suma, os juros no país estão cada vez mais alto, reduzindo o poder de compra da população e desaquecendo a economia.

Na verdade, o BC eleva os juros para conter a inflação, que reduz o poder de compra do real. Isso acontece através da queda na demanda, pois a população tem menos condições de gastar. O problema é que a inflação não cai, apesar de os juros só subirem.

Para o consumidor, o cenário é terrível, porque sofre tanto com a inflação quanto com os juros elevados. Um fator deveria enfraquecer o outro, mas isso ainda não está acontecendo no país. No entanto, a atividade econômica do país está cada vez mais fraca.

Além disso, os reajustes salariais permanecem bem fracos no país. Em síntese, tudo está mais caro, mas o salário não acompanha estas elevações, ou seja, o poder de compra do brasileiro afunda cada vez mais. E o real parece não ter força para se recuperar.

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