Queiroga e Simone Tebet: os casos da política brasileira
A noite dessa terça-feira, 21, forneceu dois grandes acontecimentos na política brasileira que envolvem Marcelo Queiroga e Simone Tebet.
Por um lado, Queiroga, ministro da saúde, testou positivo para covid-19 em Nova York. Por outro, ataques à Simone Tebet geraram repercussão na CPI da Covid.
O caso Queiroga
Depois de ser flagrado fazendo gestos obscenos para manifestantes na entrada do hotel em Nova York, Marcelo Queiroga testou positivo para a covid-19.
Com isso, o chefe da pasta ficará em isolamento de 14 dias na cidade americana e não deve integrar o restante da comitiva presidencial nos compromissos futuros.
Uma nota do Planalto afirmou que as autoridades americanas aplicaram testes no restante da comitiva e os resultados negativaram.
Por isso, um maior controle ao estado de saúde do presidente e do restante da comitiva fará parte da rotina a partir de agora.
Com a alta testagem de casos no país, os Estados Unidos redobraram os cuidados para a Assembleia Geral da ONU, buscando evitar uma propagação do vírus.
O ministro já tomou as duas doses da vacina e está com a imunização completa, seguindo os parâmetros da Anvisa e da OMS. Apesar disso, vale sempre lembrar que as vacinas não tem 100% de eficácia, mas todas diminuem os efeitos da doença em caso de reinfecção.
Rodrigo Cruz, secretário-executivo da pasta, é quem comandará o ministério durante a ausência de Queiroga.
“Descontrolada”
Foi assim que Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União, se referiu à senadora Simone Tebet durante reunião da CPI da pandemia.
Posteriormente à fala, Rosário foi da condição de testemunha para investigado, principalmente pelo fato de ter se exaltado de forma exagerada diante de acusações e afirmações de Tebet.
A fala também gerou comentários acusando Wagner Rosário de “machista” e “moleque” após ele dizer que Tebet deveria reler todo o contrato de compra da Covaxin novamente. De acordo com ele, Tebet teria dito “uma série de inverdades”.
“A senhora está totalmente descontrolada”, disse Wagner.
Depois do início do tumulto, o presidente da CPI, Omar Aziz, suspendeu a audiência.
Ao fim da sessão, Tebet disse: “eu digo aos próximos depoentes: ‘não venham armados. Venham desarmados para responder’. Esta Casa não aceita arrogância, petulância, desrespeito. Ele fez um pedido privado [de desculpa], acho que tinha que ser publicamente. Mas dou como página virada, assunto encerrado”.
Contudo, a confusão marca mais um relato de tumulto na CPI da Covid. Isso porque Omar Aziz deu voz de prisão ao ex-diretor do Ministério da Saúde, quando ele optou por não cooperar com a Comissão.
A fala de Wagner Rosário fez políticos usarem de sua voz para acabar com atos de machismo na sociedade e também nas cúpulas do governo. O senador Otto Alencar afirmou que Rosário é “pau mandado” do governo.
Apesar disso, amanhã são esperadas mais declarações sobre o ocorrido.