Poupança registra mais resgates e traz uma lição; confira

No mês de agosto, o Banco Central informou que o valor líquido da poupança no Brasil ficou em R$ 5,467 bilhões negativos, resultado de mais resgates que depósitos.

Isso ocorre em meio à escalada da inflação e seu consequente aumento de gastos por parte das famílias brasileiras.

Um histórico da poupança

Durante a pandemia, no ano de 2020, a poupança registrou quase um ano completo de depósitos líquidos. De março a dezembro, o Banco Central registrou mais aportes que resgates na caderneta.

Segundo a entidade, esse resultado se deu por conta do auxílio emergencial, dado pelo Governo Federal como uma medida de contenção da perda de renda gerada pela crise sanitário-econômica no mundo.

Em 2021, porém, a situação mudou. Nesse ano, a população tem feito mais resgates que depósitos na poupança, o que gera certa preocupação por parte de economistas, mesmo que o Banco Central veja como normal.

De março a agosto desse ano, o saldo da poupança ficou em R$ 15,629 bilhões negativos. Para o órgão regulador do sistema financeiro nacional, isso se deve à poupança feita pelos brasileiros para casos de necessidade.

Por isso, no atual patamar de inflação, a alta dos alimentos, do gás e da energia elétrica são os principais fatores que geraram esses resultados. Os setores correspondem à maioria dos gastos domésticos e a subida rápida gera resgates quase imediatamente.

 

A importância de investir

A grande remessa de valores para fora da poupança dá uma amostra da importância de guardar dinheiro.

Por mais que a poupança seja um péssimo negócio quando falamos de investimentos, esse dado nos diz que em casos de crises econômicas, como a atual, é fundamental ter uma reserva de emergência.

Essa reserva servirá para cobrir os gastos domiciliares em tempos de grande alta de custos. Também cobre seus gastos em imprevistos, seja de saúde, seja acidentes de carro ou problemas domésticos.

 

Reserva de emergência

Para isso, é importante também saber onde investir para a sua reserva de emergência (e não é na poupança!).

Como o valor precisa ser resgatado rápido e precisa, claro, render sempre positivamente, a reserva de emergência é inteiramente ligada à renda fixa.

Por isso, fundos de crédito privado, Tesouro Direto e contas digitais com rendimentos ligados ao CDI são excelentes formas de guardar os valores.

Além disso, é importante que você tenha guardado um valor referente a 6 meses do seu gasto mensal. Isso porque é importante que você tenha conforto quando a necessidade bater na porta.

Por isso, uma boa conversa com seu agente de investimentos ou com a sua corretora podem dar a você um olhar mais profundo sobre como manter os valores.

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