Preocupação no mercado segura Ibovespa

Sem pregão nas bolsas dos Estados Unidos, o Ibovespa opera perto do zero nessa segunda-feira (06). Tensões políticas e preço dos minérios seguram os bons retornos.

Política segurando os retornos

Com as recentes escaladas de tensões entre o presidente Jair Bolsonaro e a oposição sobre o futuro do país, o Ibovespa vê com cautela as manifestações de 7 de setembro.

A briga entre poderes e entre o presidente e sua oposição são marca do governo, mas se refletem com maior impacto em alguns momentos sobre os índices.

Por isso, devido aos protestos que tomarão conta do Brasil no dia de sua independência, investidores seguem cautelosos em relação ao cenário nacional.

 

Minérios

Apesar do Ibovespa, as commodities, o minério de ferro e o alumínio são os grandes destaques do dia.

Enquanto o ferro opera em grande baixa no mercado internacional, o alumínio subiu bastante.

O ferro cai no momento em que a China divulga estoques grandes do metal e, por isso, diminuiria sua produção. Essa alta de volumes se dá em meio a uma queda na demanda interna do produto, a mais relevante no cenário internacional.

Já o alumínio opera em alta após divulgação de notícias que vêm da Guiné. Por lá, o governo militar tomou posse após um golpe de Estado.

O país é o segundo maior produtor mundial de bauxita, matéria-prima do metal.

Após a notícia, a subida chegou ao patamar de 8%, alcançando a maior cotação da história do metal.

Ibovespa

Depois de uma semana com grandes perdas, houve espaço para a recuperação de alguns papéis. Além disso, a chegada de sete novos ativos para a carteira do índice atrai olhares dos investidores.

Como nessa segunda-feira não há pregão nos Estados Unidos, devido ao feriado nacional, a volatilidade do índice ficou abaixo do habitual.

Resultados da queda

Com a queda de 4,17% desde 6 de agosto, as ações listadas na bolsa brasileira apresentam bons descontos.

Por isso, o Ibovespa está atraindo olhares de alguns fundos nacionais e internacionais, que buscam ativos descontados para buscar maiores retornos no futuro.

Assim, a recompra de empresas a preços mais baixos é uma realidade forte, mesmo que em momento de pânico, segundo algumas autoridades políticas.

É comprovado que comprar ativos em tempos de crise gera maior retorno, mas isso deve ser feito com cautela. É importante ver se o receio gerado não tem qualquer efeito sobre a empresa que se deseja.

Além disso, no mês de agosto, 17 empresas decidiram recomprar suas ações, de acordo com levantamento do Valor Econômico.

Isso é uma forma de as empresas de capital aberto recolocarem dinheiro na mão dos investidores e aumentarem o percentual de comando das empresas a preços menores.

Por isso, notícias dessas tendem a gerar subidas artificiais no Ibovespa, o que não foi visto nos últimos dois meses de queda.

 

O que fazer agora?

Agora, é importante que o investidor mantenha a calma. Estudar o cenário político e econômico do Brasil é mais importante que ver as empresas individualmente.

As estratégias que tem maior sucesso são aquelas que passam por momentos de crise sem mudarem seu rumo e sem entrar em pânico.

Bons investimentos!

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