Petrobrás reduzirá preço dos combustíveis, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje, 5, que a Petrobrás começará a reduzir os preços dos combustíveis a partir dessa semana. Apesar disso, ele não disse os percentuais de redução, nem a data definitiva para que isso comece a acontecer. No ano, a gasolina já soma quase 50% de aumento, impactando diretamente na inflação.

Além disso, a alta nos combustíveis tem encarecido os demais produtos nas prateleiras. Além disso, as acusações de que o ICMS seria o principal vilão caíram por terra após o congelamento dos preços do impostos, aprovado pelo Congresso.

O maior desafio de Bolsonaro

A alta dos preços repassada pela Petrobrás tem sido o maior desafio da gestão de Jair Bolsonaro. No ano, a gasolina subiu 48% até agora e tem impactado diretamente a inflação. Nos meses de outubro e novembro, a alta do combustível foi o principal impacto individual nos percentuais do IPCA.

Apesar disso, Bolsonaro sempre afirmou que a culpa era dos governadores, que não baixavam o ICMS, pensando em seus próprios governos. Contudo, após o congelamento das tarifas do impostos, Bolsonaro não voltou a criticar os governadores novamente. Na verdade, analistas afirmam que Bolsonaro anda longe de polêmicas e evita falar da alta dos preços. Contudo, o consumidor sente no bolso.

Isso porque a gasolina em alta afeta diretamente o frete, que encarece a logística e, por consequência, deixando a grande maioria dos produtos mais caros nas prateleiras dos supermercados. Apesar disso, a alta do dólar também impactou diretamente não só o preço da gasolina, mas também o preço de produtos básicos importados, como o trigo. Dessa forma, a Petrobrás começaria a renunciar de parte de sua margem para diminuir o impacto ao consumidor. Apesar disso, a medida será ineficiente, caso o dólar continue subindo, afirmam analistas.

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Foto: Petrobrás | Reprodução

Porque os preços estão altos?

São diversos os fatores que deixam a gasolina mais cara. Dentre eles, a alta do dólar, que sobe pela desconfiança dos investidores, e o grande impacto dos impostos estão entre as causas mais severas. Por isso, mexer na política de preços seria uma saída viável, mas a orientação econômica do governo, mais liberal, não toma essa medida.

Por outro lado, calcular a gasolina pautada no real pode prejudicar o abastecimento. Vale lembrar que Lula já afirmou que mudará a política de preços, caso seja eleito. Contudo, a cotação do Brent no mercado internacional afeta os custos de produção da gasolina de um jeito ou de outro. Por isso, economistas afirmam que a principal medida para baixar o preço da gasolina seria um dólar mais barato.

Além disso, recentemente Bolsonaro afirmou que não tem poder sobre a Petrobrás e que discutiria soluções com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Dessa forma, a solução encontrada pode ser apresentada nos próximos dias pelo governo, que também pode citar os percentuais de reajuste para baixo e as datas em que entrarão em vigor.

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