PEC aprovada e Bolsonaro defendendo Guedes: confira

Em meio a suspeitas de que Paulo Guedes sairia do ministério da Economia, Bolsonaro se reuniu com o ministro na tarde de hoje (22) para falar sobre a economia brasileira. O presidente defendeu Guedes e disse que a economia está andando bem.

Guedes sairá do governo?

Se depender do que foi dito hoje, Guedes fica. Isso porque o presidente afirmou que tem total confiança no ministro, que também admitiu que existe, de fato, um entrave entre alas políticas e econômicas.

Vale lembrar que ontem à noite (21), quatro integrantes do alto escalão do governo pediram as contas. Dentre eles, Bruno Funchal, agora ex-secretário do Tesouro e Orçamento. Isso gerou uma grave crise no governo e o Ibovespa sentiu essa notícia hoje. O índice brasileiro voltou a cair na casa dos 4%.

Porém, com a reunião em andamento, o mercado começou a subir, com a confiança dos investidores nas falas do presidente e do ministro.

Em outro momento, Guedes voltou a criticar a Reforma do Imposto de Renda que, segundo ele, gerou uma “perda de arrecadação” ao Governo Federal. Isso porque o Senado não votou o projeto ainda. Vale lembrar que o Auxílio Brasil seria, inicialmente, pago com a tributação sobre dividendos.

Mercado aflito?

Bolsonaro afirmou, hoje, que tem ciência das “aflições que o governo passa”, mas que tem total confiança em Paulo Guedes. Isso representa algo positivo, pois Guedes defende o teto de gastos e a política de diminuição de gastos públicos. Além disso, Guedes sempre prezou pela responsabilidade fiscal do país.

Por isso, o mercado acredita que o governo não fará loucuras com as verbas públicas, o que evitaria as consequências de uma alta inflacionária que o rompimento do teto de gastos proporciona.

Bolsonaro
(Photo by Mateus Bononi/Getty Images)

PEC aprovada

Ontem à noite (21), a comissão da Câmara dos Deputados aprovou uma alteração na PEC dos precatórios que abrirá, se aprovada em plenário, R$80 bilhões de gastos do Governo Federal. Esse valor seria suficiente para pagar o Auxílio Brasil, pretendido por Bolsonaro.

Por 23 votos a 11, o projeto da PEC prevê que as dívidas públicas advindas de processos judiciais sejam pagas de acordo com as faixas dos valores devidos. Por isso, o governo conseguiria abrir um espaço no orçamento para o ano que vem.

Se aprovada em plenário, os precatórios serão pagos da seguinte maneira: se a dívida é acima de R$66 milhões, o governo dá 15% de entrada e divide o resto em parcelas anuais. Para valores entre R$66 mil e R$66 milhões, o valor pode ser parcelado se o total da dívida não for superior a 2,6% da receita da União. Para valores abaixo de R$66 mil, não há a opção de parcelamento.

Dessa forma, a União pagará os precatórios menores, ao mesmo tempo que parcelará os maiores, esticando, por mais anos, as dívidas de 2021. Em outras palavras, o governo dá uma folga no orçamento de 2021 e aperta o orçamento dos próximos anos.

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