Os fundos de renda fixa estão dominando o mercado; entenda

Durante a pandemia no geral, os fundos de renda fixa estão dominando os aportes no mercado de investimentos.

Alguns fatos colaboram para isso, enquanto outros fazem repensar a estratégia.

O que são fundos de renda fixa?

Fundos de renda fixa são fundos que investem em papéis com retornos definidos.

Dentro da carteira desses fundos, estão papéis como Tesouro Direto, debêntures, crédito privado, dentre outras modalidades de dívidas privadas.

Por isso, essa modalidade tem menor risco ao investidor, apesar de que qualquer investimento apresenta risco.

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O momento

No setor financeiro, os fundos de renda fixa começaram a tomar a dianteira já nos primeiros meses da pandemia.

Em março de 2020, logo após a declaração da OMS de que o novo coronavírus se tratava de uma pandemia, as bolsas no mundo despencaram.

Por isso, a bolsa brasileira contou com dias em que teve quedas acima de 10%, contando inclusive com três circuit breaker no mesmo dia.

Assim, mesmo uma taxa Selic baixa, os fundos de renda fixa chamavam a atenção.

Com o decorrer da pandemia, as bolsas se recuperaram, porém os fundos de renda fixa ainda contavam com aportes relevantes.

Devido à inflação alta, o Banco Central iniciou um movimento de subida na taxa Selic. Por isso, os aportes em renda fixa se tornaram mais rentáveis, mantendo a mesma segurança.

Além disso, hoje o Brasil conta com uma Selic elevada, que agrada os investidores mais conservadores e moderados.

O resultado no mês de agosto não poderia ser diferente: a renda fixa teve aportes maiores que fundos de ações. No mês, o aporte total foi de R$40 bilhões, enquanto os fundos de ações tiveram resgates líquidos de R$176 milhões.

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[Imagem: Pexels / Reprodução]

As perspectivas

O mercado, através do Boletim Focus, lança suas perspectivas.

O relatório mais atual mostra que o mercado financeiro prevê uma taxa Selic na casa dos 7,5% a 8%, mesmo patamar da inflação (IPCA).

Por isso, os mercados já antecipam os movimentos para se preparar para as futuras subidas.

Assim, as atuais perspectivas do mercado reforçam a rentabilidade alta, no curto prazo, da renda fixa.

Como aproveitar o momento

Com a inflação e a Selic em alta, alguns investimentos ganham os olhos dos analisas e investidores mais técnicos.

Por isso, CDBs, Letras de Câmbio, Letras Financeiras e outros papéis de renda fixa estão em alta.

Além de renderem o próprio CDI (uma taxa que acompanha a Selic), alguns papéis ainda dão rendimentos extras, seja em percentuais acima das taxas (120% do CDI, por exemplo), seja em adicionais (IPCA + 5%, por exemplo).

Apesar disso, é importante que o investidor olhe os prazos dos títulos. Alguns papéis de renda fixa têm prazo de carência de anos ou meses. Além disso, os papéis atrelados à inflação no Tesouro Direto só pagam os rendimentos ao cliente na data do vencimento.

Por último, é importante que se tenha uma estratégia de investimentos. Sair investindo naquilo que dá maior rentabilidade no curto prazo pode não ser uma boa decisão para o seu longo prazo.

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