OMS faz alerta ao Brasil sobre Ômicron

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que o Brasil precisa se cuidar e se preparar para uma possível chegada da variante Ômicron no país no ano que vem. A entidade pediu também que o país afaste o que chamou de desinformações para combater a pandemia.

Atualmente, a Europa é o país mais afetado pela nova variante e o movimento é similar ao início da pandemia, onde a América do Sul foi o último continente a ter uma grande alta de casos da doença. Além disso, o Brasil é o segundo país em número de mortes pela Covid, atrás apenas dos Estados Unidos.

A variante e as preocupações da OMS

As notícias sobre a variante Ômicron chegam a cada dia. Contudo, o que está acontecendo, segundo analistas, é que as pesquisas estão destoando da realidade. Isso porque estudos afirmam uma letalidade menor. Por outro lado, países, como Reino Unido, batem recorde de casos e de mortes desde o início da pandemia. Dessa forma, a ciência aponta algumas causas.

A principal causa do alto número de casos e, por consequência, de morte, é a grande transmissibilidade do vírus. Isso quer dizer que uma pessoa passa para muitas outras. Essa alta de casos é muito maior que a alta vista no início da pandemia e muitos países, o que sugere que os cuidados não devem acabar. Apesar do aumento de casos, o percentual de mortes é mais baixo. Contudo, um percentual baixo que incide sobre um número gigante de pessoas acaba levando muitas vidas.

Por isso, a OMS vê no Brasil um potencial local de espalhamento da doença. Tanto pelos fatores de uma grande população, quanto por ser um país com cuidados mais precários que os países ricos, o Brasil pode ser o grande epicentro da pandemia já no primeiro trimestre de 2022. Analistas acreditam que o governo pode se adiantar, mas que isso não é característico da atual gestão. Vale lembrar que Bolsonaro buscou conciliar economia e pandemia desde o início, em 2020. Contudo, economistas são unânimes em afirmar que o resultado final foi insuficiente.

OMS
Foto: Unplash | Reprodução

Combate à desinformação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, ainda, que o país deve se distanciar das desinformações que cerceiam a pandemia. Sem citar nomes, a organização disse que “a desinformação, muitas vezes disseminadas por um pequeno número de pessoas, têm sido uma distração constante, minando os sinais e a confiança em ferramentas de saúde que salvam vidas”.

“Este é o momento para os líderes banirem as políticas de populismo e interesse próprio, que estão fazendo descarrilar a resposta à covid-19 e ameaçam minar a resposta à pandemia”, afirmou Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS. Ao ser questionado sobre o Brasil, ele afirmou que a situação por aqui é favorável. Contudo, alertou para que a vacinação dos mais vulneráveis não seja deixada para trás. Ele ainda destacou que o percentual de vacinados no Brasil é bom e que isso favorece na luta contra o vírus. Apesar disso, a OMS afirma que uma alta nos casos pressionará o sistema de saúde, o que dificulta a situação no país.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.