O que dizem os economistas sobre o Brasil em 2022

O cenário econômico esperado para o Brasil em 2022 ainda não é dos melhores. Isso porque economistas não veem uma retomada da economia brasileira nos formatos previstos pelo governo. Além disso, uma corrida eleitoral atrapalha os planos da economia, tanto por causa do maior enfoque à disputa, quanto pelos maiores gastos do governo nessas épocas.

Por isso, nesse texto vamos falar sobre o que os economistas pensam para a economia brasileira em 2022. Vale lembrar que as previsões são baseadas em dados atuais e podem, ou não, se efetivar no final do ano.

Estagflação à vista?

A principal preocupação dos economistas em relação ao Brasil é um possível cenário de estagflação. Mesmo que ainda longe de se concretizar, especialistas afirmam que as premissas estão todas acontecendo e, por isso, o governo precisará de criatividade para sair da atual situação. Em entrevistas, o ministro Paulo Guedes refutou essas percepções, e disse que o Brasil continuará crescendo em 2022.

Um cenário de estagflação é um dos piores acontecimentos de uma economia. Caracterizado por uma inflação alta e um crescimento nulo, essa realidade corrói o poder de compra das famílias, ao passo em que gera dificuldades para a criação de novos empregos no Brasil. Por isso, sair dessa situação é difícil e exige, a duras penas, sanções impopulares do governo.

No último Boletim Focus de 2021, de 27 de dezembro, o mercado previa uma inflação de 5,03%, ao passo que o crescimento do PIB ficava na casa dos 0,42%, o que representa um crescimento nulo para a grande parte dos economistas. Com isso, o Brasil teria uma “década perdida”, dado que o crescimento do PIB está com dificuldades desde 2013, quando cresceu 3%. Desde então, o maior crescimento foi de 1,8%. Contudo, na verdade, foi a retomada de uma queda na economia, que entrou em recessão em 2015 e 2016.

Os motivos do baixo crescimento do Brasil

Alguns fatores influenciam na tomada de decisão dos economistas em relação ao Brasil. Uma das principais causas apontadas é o fim da austeridade fiscal. Isso porque com a aprovação da PEC dos Precatórios, abriu-se um espaço enorme para o governo gastar como quiser. O mercado não viu isso com bons olhos.

Além disso, a alta da inflação, que deve fechar 2021 nos dois dígitos, faz com que o Banco Central do Brasil tenha que subir os juros. Isso encarece o crédito, gera menos empregos e, com isso, um menor crescimento das empresas que ficam por aqui. Por causa disso, é comum que o dólar suba mais ainda, evidenciando a retirada de investimentos dos estrangeiros do país.

Para completar, o cenário eleitoral pode causar turbulências na política. Ainda, uma potencial vitória do ex-presidente Lula, segundo as pesquisas, evidenciará uma retomada dos maiores gastos do governo e apoio a programas sociais. Segundo o entendimento de economistas, se isso for feito de forma descontrolada, pode impactar mais ainda nas finanças do governo brasileiro. Por isso, as incertezas do ano eleitoral contarão muito para as expectativas do mercado, além, claro, de afetar o desempenho da bolsa de valores do Brasil.

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