NFT de música podem falir o Spotify

O mercado da música pode estar diante de uma das maiores disrupções da história. Isso porque as plataformas de reprodução de áudio, como o Spotify, podem estar fortemente ameaçadas pela existência dos NFT de música. Basicamente, o fluxo se inverte: em vez de a plataforma pagar parte ao artista e cobrar do usuário, agora, o músico cobra diretamente dos ouvintes, sem precisar de intermediários.

Dessa forma, o Spotify estaria ameaçado caso mantivesse seus serviços do jeito que estão. Além disso, já existem plataformas de músicas descentralizadas.

O que é uma NFT de música?

NFT é uma sigla em inglês para Token Não-Fungível. Isso quer dizer que são propriedades eletrônicas cujo selo de autenticidade não podem ser replicados. Dessa forma, seria impossível fazer uma cópia em massa desses produtos. E é exatamente isso que o Spotify faz: o artista coloca uma música na plataforma e ele distribui para milhões de pessoas.

Contudo, a indústria musical começa, agora, a fazer o caminho oposto. Sem precisa pagar para a empresa e conseguindo falar diretamente com os ouvintes, os músicos conseguirão vender as suas faixas para o público final, numa transação chamada de “peer-to-peer”. Dessa forma, as NFT ficam armazenadas na Blockchain do usuário (ou do programa).

Com isso, o Spotify perderia sua principal utilidade: a de intermediador. Isso porque os músicos procuram a plataforma e colocam suas faixas de áudio. Para distribuir a música, a empresa cobra valores dos artistas. Ao contrário, a blockchain musical permite que o músico coloque as faixas gratuitamente e venda elas para usuários finais, sem cobrar nada por isso.

NFT de música
Foto: Freestocksorg

Projetos que já existem

A notícia veio à tona após o artista Deadmau5, juntamente com a banda Portugal The Man, vender NFT de sua nova música, “This is fine”, por US$2,20 ou, ainda, por 0,25 NEAR. Essa moeda, NEAR, é a criptomoeda da plataforma Mint Base.

Com isso, além de o ouvinte conseguir comprar apenas as faixas que gostaria de ouvir. Além disso, a NFT de música permite que o usuário possa “levar” sua música para onde desejar, desde que o sistema tenha compatibilidade com a faixa de áudio. Com isso, é como se o cliente conseguisse ouvir as músicas compradas no Spotify através do aplicativo do Deezer.

Contudo, vale lembrar que tecnologia é extremamente inovadora e ainda não caiu no gosto dos clientes. Apesar disso, especialistas desse mercado afirmam que o NFT de música pode ter grande valorização em um curto espaço de tempo, o que acabaria com as atuais líderes do mercado.

A Audius é a principal plataforma de música descentralizada da atualidade. Nela, o artista pode colocar a faixa sem intermédio da gravadora. Além disso, a plataforma funciona com um selo de autenticidade, fazendo com que a canção gere renda para os produtores.

Uma análise do Saxo Bank afirmou que os NFT de música podem desvalorizar o Spotify em até 33% em 2022. Nesse ano, os BDR da empresa já operam em queda de quase 20%, refletindo resultados que vem piorando ao longo do tempo.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.